Turkish Airlines cumprimenta IA com o chapéu vermelho
A Turkish Airlines, maior companhia aérea da Turquia, avançou na transformação digital ao adotar tecnologias de inteligência artificial para otimizar processos operacionais e fortalecer sua posição no mercado. Em parceria com a “chapéu vermelho” Red Hat, a empresa implementou o Red Hat OpenShift AI e o Red Hat OpenShift, permitindo que novos ambientes de desenvolvimento sejam criados em minutos e dobrando a velocidade de implantação de soluções tecnológicas.
Companhia aérea adota soluções da Red Hat (chapéu vermelho) para aprimorar processos operacionais, aumentar eficiência e otimizar serviços globais
A companhia buscava aprimorar a eficiência de seus processos, otimizar a manutenção técnica e melhorar a experiência dos clientes e colaboradores. Para isso, escolheu a plataforma de código aberto da Red Hat, apostando em maior flexibilidade, escalabilidade e liberdade em sua infraestrutura de TI. A implementação contou com o suporte do Red Hat Consulting, viabilizando a automação de modelos, pipelines de IA e monitoramento avançado.

A adoção do Red Hat OpenShift AI permitiu que cientistas de dados utilizassem recursos compartilhados sem obstáculos operacionais, enquanto a automação de escalabilidade eliminou gargalos na realocação de infraestrutura. Além disso, a tecnologia possibilitou o desenvolvimento de ambientes personalizados para engenheiros em minutos, acelerando a inovação.
Para saber mais sobre essa iniciativa Weslley Rosalem, arquiteto de soluções líder de IA para a América Latina da Red Hat, dá detalhes.
Confira:
A Turkish Airlines escolheu a Red Hat para acelerar sua transformação digital. Quais foram os principais desafios enfrentados na implementação da IA na companhia aérea?
Rosalem: Os maiores desafios para a companhia foram criar uma área que comportasse o escopo de dados de mais de 353 diários e mais de 90 mil funcionários e capacitar uma equipe apta a desenvolver, treinar e refinar processos para escalar a produtividade da linha aérea em todo o globo.
O Red Hat OpenShift AI permitiu desenvolver novos ambientes de tecnologia em minutos. Como essa agilidade impacta a inovação e a produtividade dos cientistas de dados?
Rosalem: Essa agilidade de processos, juntamente com a função de provisionamento (distribuição) de recursos e autoscaling presente na plataforma permitiu que desenvolvedores e cientistas de dados deixassem de lado o recalibramento manual de modelos e servidores e focassem naquilo que traria mais valor à Turkish Airlines: projetos inovadores, iniciativas disruptivas e, mais importante, boas práticas que fariam com que toda a empresa se beneficie com a adoção da IA.
A escolha por uma plataforma de IA open source evitou o lock-in com fornecedores.
Qual o papel do código aberto na escalabilidade e flexibilidade das operações da Turkish Airlines?
Rosalem: Graças à metodologia aberta, também conhecida como open source, a companhia aérea não ficou restrita a um único fornecedor de tecnologia ou inteligência artificial, podendo criar uma base de inovação flexível, customizável e escalável para atender às suas exigências internas e às de mercado. Em outras palavras, o código aberto possibilitou que a empresa tivesse mais liberdade para determinar quando, onde e por quanto tempo determinado recurso deva ser alocado à nuvem, à estrutura on-premises (datacenters convencionais) e até na computação de borba (edge computing). Em resumo, o formato aberto trouxe planejamento e previsibilidade para o setor técnico.
A IA agora está presente no dia a dia da empresa, com mais de 60 modelos em produção. Quais os principais benefícios operacionais observados desde a adoção da tecnologia?
Data-driven
O primeiro deles é que a organização deixou de ter suas decisões baseadas em mera intuição de gestores e passou a adotar uma estratégia centrada em dados (data-driven). Além disso, a consistência da plataforma OpenShift derrubou barreiras entre setores e profissionais de TI, permitindo criar uma cultura colaborativa, na qual produtividade, precisão, assertividade e, principalmente, sinergia, se tornaram os grandes avanços para o time de operações técnicas.
A otimização na designação de aeronaves com IA resultou em economia de combustível.
Como esse avanço pode contribuir para a sustentabilidade da aviação?
Graças à adoção de uma estratégia data-driven, o time técnico conseguiu descobrir a forma mais otimizada para construir a cauda da aeronave, os trajetos com maior eficiência operacional e disponibilidade de recursos a longo prazo. A combinação desses avanços importantes melhorou a eficiência de combustível global da companhia em 0,2%. À primeira vista pode parecer pouco, mas na escala da Turkish Airlines, a cifra representa uma economia significativa.
Essa parametrização de métricas e planificação de dados é crucial para a empresa alcançar metas de ESG de forma progressiva e segura, na mesma medida que avançar em políticas importantes de aumento de desempenho e otimização de recursos.
A integração de IA na precificação dinâmica das passagens e prevenção de fraudes fortalece a segurança e eficiência do negócio.
Quais melhorias foram implementadas nesses processos?
Rosalem: A partir do uso de modelos de precisão de IA, a Turkish Airlines desenvolveu uma técnica de feedback automático, no qual o próprio sistema afere, organiza e classifica os melhores preços para clientes em diferentes partes do mundo, segundo a rota ou trajeto que busca viajar. Além disso, por utilizar protocolos avançados de segurança aberta, disponíveis em templates e modelos pré-aprovados por especialistas, a organização reduziu drasticamente os ciberataques, assim como o problemas como malwares e mau funcionamento de aplicações.

Papel da chapéu vermelho
A Red Hat desempenhou um papel fundamental na capacitação dos colaboradores. Como a empresa apoia seus clientes na adoção de IA e no desenvolvimento de novas competências?
Rosalem: Frente ao desafio de capacitar novos talentos, a Red Hat segue de duas maneiras: a primeira é automatizar tarefas que requerem um conhecimento avançado em IA e programação, já a segunda é oferecer a profissionais rotas de aprendizado contínuas.
No primeiro ponto, precisamos dispor de uma plataforma que consiga entender a linguagem humana e transformá-la em código. Esse é o caso do RHEL 10, uma das soluções anunciadas no Red Hat Summit. A nova versão da plataforma Linux líder no mercado empresarial traz o RHEL Lightspeed, um assistente inteligente que combina a experiência da Red Hat com recursos de inteligência artificial.
O RHEL Lightspeed,
Com ele, usuários podem escrever em linguagem natural, perguntar como executar uma tarefa ou solicitar que gere um manual, por exemplo, e ele responderá com orientações claras e práticas. Isso significa que um administrador iniciante está apto a resolver tarefas complexas com mais confiança, e um mais experiente pode trabalhar muito mais rápido.
Com o RHEL 10 e o Lightspeed, não estamos apenas preenchendo a lacuna de habilidades, mas também aumentando a capacidade das equipes de operar em escala sem comprometer a segurança ou a qualidade. Isso complementa o compromisso da empresa de fomentar o conhecimento contínuo do mercado, buscando ajudar, de alguma forma, a diminuir o gap de habilidades. Hoje, a organização conta com uma série de cursos disponíveis gratuitamente em seu site, além de um projeto para levar o open source a jovens estudantes.
Academia do chapéu vermelho
O Red Hat Academy é um programa de treinamento acadêmico da Red Hat, que oferece às instituições e seus alunos acesso a um currículo completo com conteúdos sobre código aberto e Linux empresarial, a fim de educar a próxima geração de tecnólogos de TI. Desde sua implementação na América Latina, mais de 50 mil alunos passaram pelo programa.
A adoção do Red Hat OpenShift AI e do Red Hat OpenShift dobrou a velocidade de implantação de tecnologias na Turkish Airlines. Quais são os próximos passos dessa parceria?
Rosalem: A meta da Turkish Airlines é seguir aprofundando sua estratégia de data-driven com novos serviços, soluções e facilidades de IA generativa. Para isso, o foco da gestão é, em primeiro lugar, garantir a privacidade de clientes, consumidores e funcionários para então implementar soluções de ponta em toda a cadeia: desde recursos técnicos para facilitar o dia a dia de profissionais até inovações que transformarão a experiência do consumidor.
Entre essas iniciativas estão:
1. Um chatbot com GenAI para agentes de call center, com o objetivo de melhorar o atendimento ao cliente;
2. um modelo GPT hospedado internamente para capacitar funcionários com ferramentas de IA para tarefas como documentação e resumos;
3.um assistente de código auto-hospedado para acelerar os fluxos de trabalho de engenharia,e;
4 um assistente contratual para ajudar as equipes jurídicas e operacionais a gerar documentos mais seguros e consistentes com facilidade.
Além disso, a empresa também está desenvolvendo uma plataforma que permitirá que suas diferentes subsidiárias criem seus próprios assistentes de IA de autoatendimento. A empresa também está projetando um Model Context Protocol (MCP) próprio, que permitirá que viajantes realizem integrem seus assistentes de IA, como JetGPT, Claude ou Grok, para fazer reservas, realizar check-ins ou ficar ligado nas atualizações de status de voo.
Sobre a Red Hat, Inc.
A Red Hat (chapéu vermelho), é a líder global no fornecimento de soluções empresariais open source e usa uma abordagem de parceria com as comunidades para entregar tecnologias Linux, de cloud híbrida, de containers e Kubernetes confiáveis e de alta performance.
A Red Hat ajuda os clientes a integrar aplicações de TI existentes e novas, desenvolver aplicações nativas em cloud, padronizar com o sistema operacional líder no setor e automatizar, proteger e gerenciar ambientes complexos.
. Premiados serviços de suporte, treinamento e consultoria tornam a Red Hat uma confiável parceira das empresas da Fortune 500 Atuando com fornecedores de cloud, integradores de sistemas, fornecedores de aplicações, clientes e comunidades open source, a Red Hat ajuda as organizações a se preparar para o futuro digital.
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Weslley Rosalem, arquiteto de soluções líder de IA para a América Latina da Red Hat: “não estamos apenas preenchendo a lacuna de habilidades, mas também aumentando a capacidade das equipes de operar em escala sem comprometer a segurança ou a qualidade.”