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Agora é a vez do ERP de gravidade zero

por Agência Canal Veiculação

Glenn Johnson (*)

O ERP de Gravidade Zero é uma implementação que acontece com resistência zero aos processos de negócios da organização.

Qual o objetivo do sistema de gestão e como podemos alcançar o ERP de gravidade zero? Vamos mergulhar no mundo da pesquisa acadêmica para conseguir algumas respostas.

De acordo com o que Tam, Yen e Beaumont escreveram em Industrial Management & Data Systems, “O maior objetivo do ERP é unir os inúmeros departamentos em uma empresa por meio de um pacote de aplicações de sistema” [1] .

Similarmente, Ronald Giachetti escrevendo no International Journal of Production Research sugere que “O objetivo do ERP é integrar a empresa instalando um único sistema monolítico, o sistema ERP.” [2] .

Devemos observar, no entanto, que ambas essas visões foram propostas há mais de uma década.

Agora, em 2016, o artigo de Ben Light e Erica Wagner na “New Technology, Work and Employment” apresentou uma tese diferente: “Os pacotes de Planejamento de Recursos da Empresa (ERP) têm a função de permitir integração quando a sua instalação padrão é respeitada.

Uma perspectiva de moldagem social expande os conceitos dos pacotes ERP, permitindo que eles sejam vistos como tecnologias configuráveis. Dessa forma, a integração do ERP está aberta, e a tese de integração por meio da padronização é desafiada.” [3]

Algumas avaliações do sucesso de sistemas ERP em conseguir a integração da empresa são totalmente sombrias: “Portanto, é importante entender os riscos de usar o ERP como um possibilitador de integração, pois ele nem sempre corresponde às expectativas. O ERP interrompe processos de negócios, ameaça a cultura corporativa e tem um histórico de falhas de implementação e decepções.”[4]

Como podemos evitar essa sombria avaliação e alcançar o ERP com “gravidade zero”, uma implementação de ERP que acelera a performance dos negócios ao eliminar estresses, tensões e obstáculos causados pela falta de integração do sistema? Durante anos, a integração de sistemas tem sido proposta como um fator crítico de sucesso para o ERP.

Uma pesquisa publicada em 2013 no International Journal of Production provou, finalmente, algo que venho afirmando há anos: a integração dos sistemas é um componente fundamental na fase de implementação do ERP para alcançar o sucesso na fase operacional. Ram, Corkindale e Wu descobriram uma correlação positiva entre a integração ERP e o sucesso operacional, em especial na área de integração de sistemas parceiros. [5]

Pedro Ruivo (e outros), escrevendo em Procedia Technology, propôs outras hipóteses. Uma, que ainda precisa ser testada formalmente, mas que tenho divulgado no mercado há anos: a integração de dados ou mesmo a integração de sistemas sozinha não é suficiente, a verdadeira chave para uma integração eficaz de ERP é a integração de processos de negócios.

“Embora a integração de sistemas seja o componente de TI que conecta corretamente os diferentes sistemas de informações e banco de dados, a integração de processos é a extensão com a qual o processo de negócios dos dois sistemas está firmemente vinculado e padronizado para o que pode ser descrito como um sistema único de informação. Além disso, ainda que integração do sistema facilite a integração dos processos de negócios, ela por si só não garante altos níveis de integração dos processos de negócios da empresa. Somente após serem medidas em conjunto que teremos um impacto positivo no desempenho da empresa.”

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