O movimento Cultura Luta coordenado voluntariamente por agentes independentes do segmento artístico-cultural de Uberlândia realiza, ao longo dessa semana, a distribuição de cestas básicas de alimentação. Na semana passada foi feito um cadastramento para localizar trabalhadores da cultura interessados em recebê-las. O grupo agora planeja novas ações para levantar recursos e oferecer não somente suporte ao setor nesses momentos difíceis, mas também alavancar oportunidades de trabalho, ainda que virtuais. Foi lançada uma campanha de doações para um fundo privado, que deve gerar um edital aos artistas e em breve acontecerá também um leilão virtual de artes visuais.
Integram o grupo Cultura Luta nomes expressivos da cena cultural uberlandense, como Alessandra Ropre Cunha, artista visual, a atriz Bia Pantaleão, também conselheira Municipal de Políticas Culturais, o jornalista e produtor cultural Carlos Guimarães Coelho, a atriz e parecerista da CAS – Pmic Claudia Miranda, o bailarino, filósofo e artista visual Claudio Henrique E. de Oliveira, o escritor, músico e compositor Ênio Bernardes, o artista visual conselheiro Municipal de Políticas Culturais Jimmy Rus, a atriz e advogada Katia Bizinotto, a musicista, educadora e conselheira Municipal de Políticas Culturais Lorraine Albina, o ator, diretor da ATU e integrante do Comitê Gestor dos Pontos de Cultura de MG Ricardo Augusto e o produtor cultural Rubem dos Reis.
O coletivo tem parceria institucional com a Associação de Teatro de Uberlândia (ATU) e apoio de instituições como Associação dos Produtores Teatrais do Brasil (APTR), Comissão de Cultura da 13a Subseção da OAB, Instituto Alair Martins, Instituto Alexa, Instituto Algar, Instituto Politriz, Instituto Projeto Vida, além do movimento Juntos Por Uberlândia e da TV Integração.
Na primeira ação do Cultura Luta, foram distribuídas cestas básicas para 350 residências, além de 70 kits de produtos diversos, um kit especial de produtos doados pelo Martins.
Movimento Luta
Com o escopo de realizar múltiplas ações orientadas pela visão plural da arte, o movimento Cultura Luta foi criado para atuar no contexto social em conexão com os temas: arte, economia e sociedade. O nome do movimento refere-se à sigla LUTA, na qual cada letra tem o seu significado. L: localizar e estimular relações entre arte e sociedade; U – união de artistas de vários segmentos culturais em prol do desenvolvimento humano; T, transcender através de proposições experimentais e criativas; A, agir em processos de execuções culturais com parceria pública e privada.
Segundo um dos idealizadores do movimento, o produtor da Balaio do Cerrado, Rubem dos Reis, a missão do Luta é realizar ações afirmativas da arte como setor estratégico para o desenvolvimento sociocultural com foco principal em Uberlândia durante e após a pandemia da Covid-19 que assola o Brasil. “Nós temos como norte a solidariedade com a classe artística e cultural e no fortalecimento da classe artística e cultural que jogada à própria sorte, tem no artista o principal patrimônio imaterial e na arte a possibilidade de transformar o mundo”, ressalta.
Katia Bizinotto, fundadora do Grupontapé de Teatro e presidente da Comissão de Cultura da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB Uberlândia, também integrante do Cultura Luta, explica que o movimento é sustentado por três eixos: sustento, fomento, políticas públicas. “O setor cultural se viu sem apoio neste momento tão dramático pelo qual passa o nosso país. Por isso unimos forças entre nós, fazedores de cultura, para tentarmos amenizar os impactos dessa crise e, sobretudo, lutarmos juntos para encontrarmos uma saída para o setor, que nesse momento é um dos mais prejudicados economicamente”, destaca.
O grupo prossegue com o cadastramento dos trabalhadores da cultura, para mapear a situação dos artistas de Uberlândia, base que depois será fundamental para novas ações.
Website: http://www.mfcomunica.com.br