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BO pelo celular solução foi apresentada pelo Serpro

por Paulo Fernandes Maciel
BO pelo celular

Já pensou em registrar um BO pelo celular?

Delegacia Virtual apresentou o app que permite fazer BO pelo celular

Imagine a seguinte situação: uma vítima de furto, roubo, ou acidente de trânsito pega seu celular e registra um Boletim de Ocorrência (BO) na polícia.

Casal fazendo BO pelo celular

Como ela faz isso?

Por meio de um aplicativo, ela digita seu CPF e faz uma selfie, que é imediatamente submetida ao reconhecimento facial do Datavalid.

Após a validação, o app oferece a possibilidade de gravação de áudio para o relato da situação.

Esse áudio é transcrito por meio de processamento de linguagem natural e o texto é classificado de acordo com a natureza do crime, tudo com o suporte de inteligência artificial e com a identificação, por satélite, da localização exata do cidadão.

O Serpro apresenta protótipo da Delegacia Virtual durante o Futurecom, em São Paulo.


Ficção científica? Não.

Trata-se da solução “Delegacia Virtual”, em fase de concepção pelo Serpro, junto ao Ministério da Justiça e Segurança Pública;

E cujo protótipo inicial do BO pelo celular foi apresentado essa semana em São Paulo, durante o Futurecom, considerado o maior e mais importante evento de tecnologia, telecomunicação e transformação digital da América Latina.

Conheça as vantagens desta inovação

O protótipo do BO pelo celular inclui ainda uma outra interface, demonstrada em uma TV, que indica, dentro de um mapa, as ocorrências registradas em tempo real, tudo para que o cidadão ou gestor tenham uma percepção instantânea da criminalidade e demais ocorrências.


Na palma da mão


De acordo com João Paulo Souza, gerente de Soluções de Inteligência e Procedimentos Policiais do Serpro;

O serviço está sendo idealizado para rodar em uma aplicação responsiva a dispositivos móveis, ou mesmo em totens distribuídos nas delegacias, sempre com acesso por meio de reconhecimento facial ou autenticação no Gov.br.

As delegacias físicas poderão acessar as ocorrências encaminhadas pela solução para homologar os registros e, a depender da natureza do BO, o cidadão terá que comparecer ao órgão para complemento de informações.
“O projeto está em fase de concepção de negócio e detalhamento de requisitos e, portanto, ainda não tem uma data específica para lançamento. Contudo, a estratégia será de implantação modular, o que antecipa alguns recursos ao cidadão.

Os tipos de ocorrências disponibilizadas ao cidadão para registro por meio da Delegacia Virtual serão definidas por cada UF, dentro da competência e autonomia da Polícia Civil de cada estado”, explica o gerente.


Tecnologia sem mistério

Quando efetivamente lançada, acrescenta João Paulo, todas as delegacias que desejarem poderão aderir à solução.

Os pré-requisitos necessários serão simples:

Basicamente, um treinamento da solução ofertado pelo Serpro aos agentes policiais, além de estações de trabalho ou dispositivos móveis conectados à internet.


A Solução Delegacia Virtual vai integrar-se ao módulo “Procedimento Policiais Eletrônicos” (PPE), do Sinesp (Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública).

O PPE, que visa facilitar a gestão e o registro de procedimentos policiais em todo o Brasil, já está implantado e em funcionamento em alguns estados.

O módulo oferta o cadastro e tramitação de Boletins de Ocorrência (BO), desde seu registro até seu fechamento ou encaminhamento como procedimento policial, em formato de Inquérito Policial (IP), Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), Auto de Investigação de Ato Infracional (AIAI), ou mesmo registro de Auto de Prisão em Flagrante (APF).


Transformação digital


O projeto soma-se ao esforço do governo federal de modernização do Estado brasileiro, visando a oferta de mais um serviço digital à sociedade. Entre as vantagens para a população, destaca João Paulo, a facilidade de acesso e uso do serviço de registro de boletins de ocorrência, e maior celeridade no atendimento ao cidadão.

Para o Estado, a inovação significa: um conjunto de dados maior, mais robusto e organizado para a segurança pública do país;

A desoneração do agente policial lotado na delegacia física, que poderá empregar sua força de trabalho em outras atividades policiais;

E a simplificação de processos no setor.

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