O Roadsec percorre todo o Brasil, e desta vez, desembarcou em São Paulo, unindo conhecimento, oficinas, cultura, gastronomia, música e networking com a comunidade hacker brasileira. Focado em profissionais técnicos, desde iniciantes aos mais experientes, a 9ª edição do evento, reuniu apaixonados por tecnologia de todo o país. Com alcance internacional e diversos formatos de conteúdo e atividades, o festival promoveu o encontro e integração de gerações.
O evento contou com mais de 9.000m² para acolher participantes de todo o Brasil, hackerspaces, fornecedores, lojistas, artistas, curiosos, competidores de CTF (capture the flag), pesquisadores, especialistas, conceituados nomes do mercado e, patrocinadores, presentes em uma área de exposição no centro do evento.
As apresentações de keynote speakers, assim como as palestras que abordaram mais de um eixo, aconteceram no palco principal, batizado em homenagem a Bernardo Riedel. Os demais palcos, nomeados pelos eixos temáticos, guiaram as palestras, demonstrações, estudos ou apresentações de projetos. Os eixos temáticos foram divididos em Eixo Ataque, Defesa, Front-end, Back-end, Data Science, Cloud, Privacidade e Hardware. Além destes palcos, teve o Aleph Chillout, que é destinado às comunidades que fazem parte do evento.
Keynotes palestram sobre deepfakes e data driven para performance pessoal
O evento recebeu nesta edição o Keynote Bruno Sartori que trouxe em sua palestra o tema “DEEPFAKES – NÃO ACREDITE NEM VENDO (OU OUVINDO)”. Bruno Sartori é um dos pioneiros no uso de Deepfakes no Brasil, faz um apanhado sobre a tecnologia que utiliza inteligência artificial para criar mídia sintética. O público acompanhou detalhes sobre a produção deste tipo de conteúdo, considerações legais de utilização, legítimas ou não, e perspectivas gerais do uso em ano eleitoral no país. Ao final da apresentação foi feita uma demonstração ao vivo com uma ferramenta de IA.
Outra keynote presente na grade, Adriana Saty, abordou o tema “Data Driven para performance pessoal”. O termo data driven quer dizer, em tradução livre, orientado por dados. A palestrante trouxe o tema, mostrando de uma forma prática como ela melhora sua performance em diferentes áreas da vida e como usar dados para melhorar a vida pessoal.
Recrutamento e oportunidades
O Roadsec abriu espaço para a Feira de Recrutamento e oportunidades para employer branding e ações voltadas para aproximação dos participantes com marcas empregadoras.
Na última edição (2022) foram oferecidas 2 mil vagas, evidenciando que o setor de tecnologia vem crescendo de forma visceral e o mercado pede mão de obra de todos os níveis.
O que significa hacker?
“Nosso DNA veio de segurança, mas nossa comunidade se expandiu para muito além disso”, explica Anderson Ramos, CEO da Flipside e idealizador do evento. Para Ramos, é importante refletir sobre o significado atual do hacking. “A palavra hacker foi originalmente usada para descrever programadores brilhantes, além da cultura de compartilhamento de conhecimento e códigos que se criou em torno deles”, explica. “Ao longo dos anos a imprensa ajudou a divulgar a imagem do hacker como aquele que invade computadores, numa conotação quase sempre pejorativa, depois se empenhou em desfazer esse mal entendido”, continua.
“Eu particularmente sempre vi o hacking como uma subcultura que tem na tecnologia sua plataforma de expressão, por isso criamos um evento receptivo a qualquer pessoa que se interesse pelo tema, seja ela de segurança, programadora, maker ou ativista. As dezenas de milhares de participantes que fizeram o evento crescer de forma ininterrupta por quase uma década são prova de que estávamos no caminho certo”.
Brasil ocupa a 11ª posição mundial em tecnologia
O Brasil, que atualmente ocupa a 11ª posição no ranking global, deve avançar 5% em 2023, aproximando-se de um total de US$ 80 bilhões (R$ 400 bilhões, na cotação atual). Segundo o estudo da International Data Corporation (IDC), o avanço será de 3% na área de Telecom e de 6,2% em TI. O mercado de tecnologia da informação será impulsionado, principalmente, pelo consumo de soluções tecnológicas pelas empresas (B2B), que deve crescer 8,7% — com destaque para as áreas de Software e Cloud.
Dentre os principais destaques do setor, estão a inteligência artificial, nuvem, segurança e analytics como as áreas de maior crescimento de mercado neste ano.
Ainda segundo o levantamento da IDC, segurança cibernética é vista como prioridade número um para 53,6% dos executivos brasileiros. Os gastos em segurança devem crescer 13% em relação ao ano anterior, atingindo US$ 1,3 bilhão (cerca de R$ 6,5 bilhões) em 2023.
Sobre o Roadsec
Criado em 2014, o Roadsec nasceu na comunidade de segurança e abraçou outras áreas de tecnologia. Focado em conhecimento técnico, recrutamento tech e comunidade, reúne nomes do mercado de segurança de informação e tecnologia.
Website: https://www.roadsec.com.br/