As dificuldades financeiras, principalmente dos micro e pequenos negócios, fizeram crescer os pedidos de recuperação judicial. Estes pedidos cresceram 83,7% de janeiro para fevereiro. Os dados são da Serasa Experian, que é especializada em informações para a área empresarial. Muitos empreendedores estavam adiando a decisão sobre o pedido de recuperação judicial, diante deste período de grande incerteza. Mas neste início de ano a pandemia voltou a crescer, com graves consequências para o meio empresarial.
As dificuldades que as empresas estão enfrentando em 2021 deverão levar a uma procura ainda maior pelas recuperações judiciais, prevê o advogado especializado na área, Thierry Phillipe Souto. Além disso, a aprovação da nova Lei de Recuperação Judicial e Falências, deverá impulsionar a busca por esta opção. A expectativa das empresas em risco é de que este caminho torne mais simples a renegociação de dívidas, e a obtenção de empréstimos para enfrentar a fase mais crítica.
O advogado alerta que as alternativas para enfrentar a crise estão diminuindo para os empresários, com o passar do tempo. E que está ficando mais difícil a busca de novos empréstimos para alongar os endividamentos junto aos bancos. E também para conseguir mais capital de giro para ter alívio financeiro. Analisando o ano passado, ele lembra que a pandemia foi catastrófica para a economia brasileira, que sofreu bem mais do que as economias do exterior. E acrescenta: “Esta situação mostrou que o país tem uma grande fragilidade, comprovada nestas várias quedas da economia. É um mercado instável com mudanças seguidas”.
Thierry Phillipe Souto diz que os primeiros meses do ano são um período de planejamento e renovação de perspectivas para os empresários: “É um momento em que se prioriza mais a estabilidade, evitando voos longos. Muitos casos de recuperação já deram certo, conseguindo alívio, e com a possibilidade de gerir a crise com mais tempo. Mas para outra grande parcela, as consequências começam a preocupar, tornando-se cada vez mais graves”.
Com longa experiência orientando empresas em dificuldades, o advogado Thierry Phillipe Souto diz que os empresários precisam principalmente reorganizar as suas dívidas com urgência. E que também devem prorrogar o endividamento de curto prazo, evitando investimentos desnecessários: “Este é o pior momento para que as empresas venham a se complicar ainda mais com o surgimento de novas cobranças, que podem levar à perda de máquinas, matéria-prima e dinheiro. Um quadro assim pode ser fatal para o empresário.
Os novos pedidos de recuperação indicam que o caminho judicial pode ser a alternativa, em uma fase tão difícil, analisa Thierry Phillipe Souto. Ele explica que a recuperação judicial é uma medida preventiva comum, usada por empresas para seguir com os seus negócios, barrando as cobranças e reorganizando as dívidas. “Muitas empresas, que temem a piora da situação, se adiantam para poderem ficar mais fortalecidas diante da crise”.
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