Ao vivenciar a pandemia e sofrer as consequências da Covid-19, o Sistema de Consórcios fechou o ano superando as dificuldades iniciadas a partir de março. O bom desempenho do Sistema reafirmou a força da modalidade, que, inclusive no passado, já havia permeado planos econômicos em várias oportunidades.
Em dezembro, os consórcios alcançaram 7,83 milhões de participantes ativos, marca inédita na história do mecanismo, que conta com quase 60 anos de existência. Sempre com trajetória crescente, também houve quebra histórica no recorde de vendas, com 3,02 milhões de novas cotas.
A despeito das oscilações, os negócios realizados no mercado consorcial transpuseram R$ 163,63 bilhões, 21,5% maior que os R$ 134,68 bilhões contabilizados em 2019. O crescimento contou ainda com a alta de 15,6% no tíquete médio anual, ao aumentar de R$ 46,88 mil, em 2019, para R$ 54,18 mil, em 2020.
Ao demonstrar uma postura de conhecimento e confiança dos consumidores na modalidade, as contemplações acumuladas de janeiro a dezembro, momentos em que os consorciados puderam realizar seus objetivos, injetaram potenciais R$ 52,64 bilhões nos diversos elos da cadeia produtiva.
Segundo Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, “ao conviver com situações inusitadas durante praticamente todo o ano passado, a entidade, lado a lado com as administradoras associadas, buscou reverter os efeitos da pandemia sobre o Sistema, tomando rápidas providências administrativas e comerciais, agregando tecnologias, incluindo conquistas de pleitos junto ao Banco Central, que proporcionaram uma retomada vigorosa, comprovada pelos diversos indicadores do Sistema de Consórcios em todos os segmentos em que atua.”.
Nas adesões acumuladas nos doze meses de 2020, o Sistema suplantou as turbulências ocorridas e confirmou que, com estabilidade, equilíbrio, segurança e tranquilidade desejados pelo mercado consumidor, foi possível avançar 5,2%, totalizando 3,02 milhões, acima das 2,87 milhões anotadas no mesmo período de 2019.
Ao ponderar os totais auferidos na década, o recorde do ano passado de 3,02 milhões evidenciou que, apesar das apreensões vividas em anos de crises, os consórcios têm reconhecida resiliência, como é possível constatar ao longo de sua história. A rápida resposta das administradoras, que com criatividade superaram as dificuldades. As ações junto as autoridades, buscando soluções adequadas para este momento de pandemia, e a crença no Sistema, por parte de todos os envolvidos, foram decisivos para os bons resultados alcançados. Nos últimos dez anos, o crescimento foi de 21,3%.
Ao avaliar as somas anuais das contemplações durante a década, observou-se equilíbrio com destaque para o recorde atingido em 2015, com 1,41 milhão, inclusive valorizando a potencial contribuição dos créditos relativos aos diversos setores da economia brasileira. Nos dez anos, o crescimento foi de 11,0%.
“Os volumes acumulados de vendas e contemplações, ao longo do ano, surpreenderam, depois da ansiedade dos primeiros meses”, explica Rossi. “A média mensal das adesões, com 251,89 mil cotas, e a dos consorciados contemplados, com 100,66 mil, evidenciaram comportamento planejador dos consumidores que, apoiados pelo Sistema de Consórcios, passaram a gerir melhor suas finanças em busca de seus objetivos. Outro aspecto verificado no comportamento dos consumidores foi a comparação dos benefícios do Sistema frente às baixas remunerações oferecidas pelos investimentos financeiros”, complementa.
De janeiro a dezembro, a totalização dos negócios realizados superou R$ 163,63 bilhões, 21,5% mais que os R$ 134,68 bilhões, registrados nos mesmos meses de 2019. O recorde no ano foi anotado em setembro, com R$ 22,03 bilhões.
Com a alta de 15,6%, o tíquete médio anual chegou a R$ 54,18 mil, acima dos R$ 46,88 mil, de 2019. O aumento contribuiu para o crescimento do total de negócios de 2020, que alcançou R$ 163,63 bilhões. Durante o ano, o maior valor foi de R$ 63,71 mil.
O acumulado de contemplações, alcançado de janeiro a dezembro, atingiu a marca de 1,21 milhão de cotas. No balanço entre lançamentos de novos grupos e de encerramentos de outros, o volume no período foi 1,6% inferior ao 1,23 milhão dos mesmos meses de 2019.
Os correspondentes créditos disponibilizados aos consorciados contemplados, potencialmente injetados na economia, avançaram 24,9% e, com R$ 52,64 bilhões, de janeiro a dezembro, foi maior que os R$ 42,16 bilhões anteriores de 2019.
O Sistema de Consórcios, que completará 60 anos no próximo ano quebrou o recorde histórico de participantes ativos em dezembro com 7,83 milhões e foi 6,7% superior aos 7,34 milhões obtidos naquele mês de 2019. Nos seis setores onde o mecanismo está presente, todos anotaram crescimentos: eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis, com 80,9%; serviços, com 51,3%; veículos pesados, com 13,4%; motocicletas, com 5,9%; imóveis, com 5,5%; e veículos leves, 4,4%.
PERSPECTIVAS PARA 2021
Os indicadores gerais e setoriais do Sistema de Consórcios registraram dados inéditos, volumes recordes anuais e históricos, reafirmando que a modalidade pode ser utilizada nos vários objetivos pessoais, profissionais, familiares e empresariais.
“Face à consolidação constatada, as perspectivas para 2021 acenam positivamente”, diz Rossi. “Apesar de ainda vivenciarmos a pandemia, agora em uma segunda onda, acreditamos que, se houver repetição dos índices alcançados em 2020, conquistaremos expressivos resultados ao longo dos próximos meses”.
Paralelamente, além da pandemia, há outros fatores que contribuem na escolha do consórcio para investimento em bens ou serviços. “Ao gerir suas finanças pessoais, os consumidores têm avaliado as rentabilidades dos investimentos financeiros”, explica Rossi. “Contudo, face à baixa rentabilidade oferecida, muitos têm optado pelo investimento econômico ou patrimonial, possível a partir da adesão aos consórcios de imóveis e veículos, entre outros”.
O consórcio tem uma história de realizações. Em quase seis décadas, propiciou conquistas individuais e coletivas, apoiada no entendimento de suas características, que sinalizam um ano também com participação maior nos diversos segmentos econômicos.
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