Desde que chegou ao Brasil, na primeira metade de 2020, o novo coronavírus mudou radicalmente a rotina do brasileiro e, consequentemente, da economia nacional. Porém, apesar dos inúmeros prejuízos causados, a pandemia também proporcionou oportunidades para o setor econômico, principalmente para quem deseja empreender um novo negócio, pois um dos reflexos do período pandêmico foi o aumento do número de pontos comerciais disponíveis.
Em termos gerais, não há um levantamento quantitativo oficial que considere todo o país, mas é possível perceber esse cenário a partir do que acontece no estado de São Paulo, maior polo comercial do Brasil. De acordo com estudo da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC), o índice de imóveis desocupados no estado saltou de 18%, registrado antes da pandemia, para 24% no início do segundo semestre.
O destaque da pesquisa foram os imóveis comerciais, cujo índice de vacância subiu de 20% para 30% no período avaliado. Segundo a AABIC, entre os motivos para esses resultados está o receio de muitos empresários em relação à pandemia, o que os motivaram a fechar as portas e repassar o ponto de vendas. Por um lado é uma realidade triste, pois empresas foram fechadas, no entanto, também pode ser visto como uma oportunidade para quem está disposto a empreender.
Felippe Ferreira, fundador do site meuBiZ , especializado em anúncios de compra e venda de empresas e pontos comerciais, afirma que em momentos de crise as oportunidades de bons negócios devem ser avaliadas, pois futuramente o interessado pode não ter a mesma chance. Nessa análise, Felipe recomenda que o empreendedor leve em consideração o mercado atual, perspectivas de futuro, público-alvo e valor comercial do ponto que pretende ocupar.
Se depois desse estudo o empreendedor for adiante com a decisão de comprar ou alugar o imóvel comercial, outros fatores devem ser analisados com cautela para que o negócio tenha um desfecho positivo. Entre esses fatores, Felippe Ferreira destaca o contrato de locação ou compra, que vai determinar o que será explorado naquele ponto de vendas. “Passar um ponto significa vender o espaço físico da empresa, a casa onde o seu negócio está. Esse tipo de venda pode ou não incluir os maquinários e móveis que estão dentro dele. Também o nome do estabelecimento, a carteira de clientes, o CNPJ e outros itens podem ou não ser incluídos e negociados”, destaca o fundador do meuBiZ.
A questão contratual pode ser burocrática e muitas vezes cansativa de se resolver para todas as partes envolvidas no negócio. A orientação de Felippe Ferreira para esses casos é que o empreendedor consulte um especialista no assunto para lhe auxiliar ao longo do processo a fim de que ele não seja prejudicado. “Existem leis que protegem os proprietários dos imóveis, os locatários e os compradores do ponto. Por isso é importante saber o que você está fazendo para não desrespeitar nenhum desses direitos, além de poder contestar caso algum dos seus não esteja sendo aplicado de modo eficiente ou correto”, ressalta Felippe.
Mesmo com a pandemia ainda sem previsão para acabar, o especialista acredita que os pontos comerciais à disposição podem se transformar numa excelente oportunidade para começar ou recomeçar um negócio lucrativo.
Website: https://meubiz.com.br/