Nas projeções para 2020, era difícil imaginar o que aconteceria no mundo todo como desdobramento da pandemia de Covid-19. Diante do lockdown que descentralizou grande parte das empresas e aumentou o percentual de funcionários trabalhando em sistema home office, a importância da computação em nuvem ganhou contornos estratégicos. Na opinião de Adriano Filadoro, diretor-presidente da Online Data Cloud, o uso de múltiplas nuvens é uma das tendências que veio para ficar, otimizando a rede e atendendo aos principais objetivos corporativos de modo eficiente. “Ao extrair o melhor de cada provedor, determinada nuvem pode servir como um backup no caso de uma das outras nuvens ficar inativa. A multicloud pode ser composta de nuvens públicas, privadas e híbridas.”
Filadoro explica que não se trata apenas de infraestrutura, mas de estratégia. “Esse é um passo enorme e de relativamente baixo custo para as empresas – que podem contar com uma nuvem para cada especificidade de serviço, com resolução mais rápida de problemas e maior segurança. O grande desafio é fazer a gestão das nuvens, de modo a extrair o melhor do que cada uma tem a oferecer. Nesse sentido, terceirizar essa gestão é a decisão mais acertada para empresas que não têm em Tecnologia da Informação (TI) o seu core business”.
O especialista aponta três das principais tendências da computação em nuvem, que devem desempenhar um papel ainda mais relevante em 2021:
1. Maior sinergia entre os provedores de nuvem. “O mercado está se voltando cada vez mais para ambientes híbridos ou com várias nuvens, com requisitos de infraestrutura a serem implantados em vários modelos. Esse movimento deve promover maior sinergia entre os grandes provedores de soluções em nuvem (Microsoft, Google, Amazon) – que podem ser levados a criar “pontes” entre suas plataformas para atender a essa importante demanda da indústria. Apesar da resistência, isso beneficiaria empresas que precisam compartilhar dados e acesso com parceiros em sua cadeia de suprimentos, que podem estar trabalhando em diversos aplicativos e padrões de dados”.
2. Aperfeiçoamento da inteligência artificial (IA). “Com o avanço da inteligência artificial, novos dados são gerados e transformados em informações que às vezes nem haviam sido consideradas em sua importância global – encorajando equipes a melhorar o nível de desempenho profissional, com resultados mais próximos do nível de excelência desejado. Trata-se de um avanço útil para os negócios. As plataformas como serviço (PaaS) baseadas na nuvem permitem que os usuários usem praticamente qualquer orçamento para acessar funções de aprendizado de máquina, como ferramentas de reconhecimento de imagem, processamento de linguagem e mecanismos de recomendação. A nuvem continuará a permitir que esses conjuntos de ferramentas revolucionários se tornem mais amplamente implantados por empresas de todos os tamanhos e em todos os campos, levando a maior produtividade e eficiência”.
3. Nuvem como facilitador do “lazer seguro”. “Quase tudo o que era fonte de diversão coletiva foi fortemente impactado em 2020, por conta do risco à saúde da população. Um dos desdobramentos dessa situação foi o aumento expressivo do consumo de jogos, vídeos, filmes, shows e até palestras online. Tudo isso vai continuar no próximo ano, mas especialmente os jogos online estão sofrendo uma mudança expressiva. Os players terão acesso instantâneo a vastas bibliotecas de jogos que podem ser reproduzidos por uma assinatura mensal. A exemplo do que já acontece com músicas e filmes, essa é a principal tendência em termos de ‘lazer seguro’ no próximo ano – quando o mundo ainda aguarda ansiosamente por formas de se proteger, seja através de vacina, seja através de medicamentos eficientes”.
Fonte: Adriano Filadoro, diretor-presidente da Online Data Cloud – empresa com mais de 25 anos de atuação na área de Segurança, Virtualização e Infraestrutura. www.onlinedatacloud.com.br
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