A adoção da internet das coisas (IoT) é um movimento que tende a se alastrar, ainda que a crise atual possa, eventualmente, ter reduzido a velocidade de adoção. IoT se refere à interconexão digital de objetos cotidianos com a internet, ou seja, trata-se de uma rede de objetos físicos capaz de reunir e transmitir dados.
Dados divulgados pela Associação Brasileira de Internet das Coisas (Abrainc), tendo como base estudos de 2019, apontavam para uma projeção de receita, até 2021, de R$ 3,2 bilhões com IoT. Até 2023, a expectativa é de que 416 milhões de dispositivos IoT estejam instalados aqui no país. Um relatório do McKinsey Global Institute, feito antes da pandemia, indicava que que o sistema teria impacto potencial entre US$ 3,9 trilhões e US$ 11,1 trilhões por ano até 2025.
Obviamente, atingirá vários ramos de atividade. Embora hoje se fale muito de IoT relacionando-a com equipamentos do dia a dia, como geladeiras, fogões, fornos e muitos outros, pode-se dizer que, de certa maneira, o setor de impressão já adota um tipo de internet das coisas no mundo corporativo, ainda que o protocolo de comunicação possa ser outro. Afinal, com tecnologia de nuvem, é possível se comunicar com uma impressora a partir de um celular, tablet, laptop ou mesmo do desktop da empresa.
Em tempos de home office disseminado, uma solução desse tipo mantém a gestão segura e eficiente do setor de impressão. A vantagem de um software como esse reside no fato de não ser necessário o colaborador entrar na rede de impressão. Ele só precisa buscar o documento impresso quando for à empresa, ou pedir para alguém buscar. Assim, o gerenciamento de impressão permite saber quem imprimiu, a quantidade de páginas impressas, a quem se destinavam e a qual centro de custo se refere.
A solução também evita a possibilidade de documentos sigilosos serem impressos fora da companhia. Antes, um grande entrave para esse tipo de serviço estava na necessidade de haver um servidor na empresa. Isso acarretava alto custo para a organização. Agora esse obstáculo foi removido, pois as soluções em nuvem dispensam a necessidade.
Todas essas soluções possibilitam redução de custos para as empresas, uma vez que o gerenciamento eletrônico de documentos cria fluxos de trabalhos personalizados. Ele também facilita e racionaliza os processos e trabalhos burocráticos, reduzindo desperdícios ao controlar quem imprime e quanto. Com tudo somado, há economia para a empresa. E a conversa entre impressoras e outros dispositivos está por trás desses ganhos.
*Rodrigo Reis, diretor comercial e sócio da Reis Office