BIOCOMBUSTÍVEL Ratinho Junior e Darci Piana intentam expandir uso do biometano no Paraná
O diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, general Joaquim Silva e Luna, se reuniu na quarta-feira (12) com o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, e na quinta-feira (13), recebeu em seu gabinete o vice-governador, Darci Piana.
Ambos representantes Estado realizaram visita técnica à Unidade de Demonstração de Biogás e Biometano de Itaipu, nas respectivas datas.
Diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Joaquim Silva e Luna, acompanhou a visita do governador à Unidade de Demonstração de Biogás e Biometano;
O interesse do Estado nesta planta é aproximar a Sanepar e a Compagás da tecnologia, analisar a viabilidade do biometano para tornar o transporte público de algumas cidades paranaenses mais econômico aos consumidores, e sustentável ao meio ambiente.
No que tange a segurança energética no campo, o biogás também se apresenta como fonte alternativa renovável e firme de eletricidade.
Para o vice-governador, a visita à Unidade foi essencial.
“Precisamos aplicar as soluções do biogás o mais rápido possível no estado.
O governo precisa preparar uma política que dê incentivo às pessoas utilizarem isso.
E vou tentar fazer a minha parte para ajudar o Paraná a ser o pioneiro em aplicação do biogás e do biometano”, assegura.
Amenizar os problemas com combustíveis fósseis e resíduos
Segundo o diretor-presidente do Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás), Rodrigo Regis de Almeida Galvão, o biogás pode ser um meio para atacar problemas nacionais relacionados ao uso de combustíveis fósseis, alto custo do transporte público, e também a gestão de resíduos no país.
De acordo com ele, o Paraná é o estado que mais tem diversidade de plantas de biogás no Brasil, com tratamento de resíduos de cana-de-açúcar, suínos, aves, bois, fecularia e esgoto.
“Essa variedade dá conhecimento técnico e suporte tecnológico para que o Estado seja o principal ator da indústria do fornecimento de tecnologia sobre o biogás no Brasil”, afirma.
Várias autoridades presentes
A visita de quinta-feira também contou com a presença do gerente de operações do Sebrae/PR, Júlio César Agostini, do gerente regional oeste do Sebrae/PR, Augusto Stein, o Vice-presidente da Fecomércio e presidente do Sindilojas, Carlos Rodrigues do Nascimento, da Assessoria de Energias Renováveis da Itaipu – representada por Maycon Vendrame, e os diretores do Parque Tecnológico Itaipu (PTI), Flaviano da Costa Masnik e Rafael José Deitos.
Biometano
A Unidade de Demonstração de Biogás e Biometano de Itaipu foi desenvolvida pela binacional, em parceria com o PTI e CIBiogás. Instalada dentro do complexo da usina, a planta foi inaugurada em 2017, apresenta tecnologia inovadora e brasileira, tanto de geração, quanto de monitoramento de produção do biogás e biometano.
Na unidade há o recebimento da biomassa, produto da trituração de resíduos orgânicos dos cinco restaurantes da Itaipu, entre outros resíduos externos, como apreensões de produtos orgânicos e ilegais da Polícia e Receita Federal.
A biomassa é armazenada por 60 dias em dois biodigestores, onde bactérias promovem a degradação de modo anaeróbico (ausência de oxigênio) e com temperatura a 37°C.
O resultado é o biogás e digestato (substrato seco).
O substrato é tratado e usado como biofertilizante, e o biogás é levado para dois gasômetros flexíveis que têm a capacidade de armazenar até 500 metros cúbicos por dia.
Depois o biogás passa por refino para que o produto final saia com até 96% de pureza e com características semelhantes ao gás natural, a partir daí o biogás foi transformado em biometano.
Abastece veículos da Itaipu
Atualmente o biometano produzido na unidade abastece 80 veículos da frota de Itaipu.
Durante todo o ano de 2018, aproximadamente 149 mil quilos de resíduos foram tratados, que resultaram em 17 mil metros cúbicos de biometano – combustível suficiente para rodar 210 mil quilômetros, o equivalente a 5 voltas ao redor do planeta.
Estes números ainda expressam o volume evitado de 1.2 toneladas de gases de efeito estufa.
Como subproduto, são produzidos ainda 300 mil litros de biofertilizante por mês, que são utilizados como adubo para canteiros e gramados.
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