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Sustentabilidade na bacia do Rio Formoso TO

por Paulo Fernandes Maciel
bombas hidráulicas do projeto de sustentabilidade

CAS Tecnologia faz parceria com a UFT em projeto de sustentabilidade na bacia do Rio Formoso

Por meio de solução tecnológica, a bacia é a primeira e única do Brasil a ter sua vazão monitorada 24 horas por dia pelo projeto agro irrigável com sustentabilidade

bombas hidráulicas do projeto de sustentabilidade

Agricultura com uso sustentável de recursos hídricos

A CAS Tecnologia; Empresa especializada no desenvolvimento de soluções de redes inteligentes e de tecnologia da informação.

Estabeleceu uma parceria com o Instituto de Atenção às Cidades – IAC da Universidade Federal do Tocantins.

UFT no projeto denominado Gestão de Alto Nível, que pretende tornar a bacia do Rio Formoso sustentável para a produção agrícola irrigada local.

O objetivo do projeto é reestabelecer a segurança hídrica da bacia, reduzir as incertezas associadas ao volume de água existente;

E mediar a quantidade ideal a ser captada pelos produtores rurais sem prejudicar sua capacidade.

Projeto CAS UFT sustentabilidade para o rio Formoso

Beneficiará os produtores do entorno

Atualmente, cerca de 40 produtores instalados no entorno da bacia captam água para seus projetos de irrigação por meio de bombas hidráulicas.

O projeto consiste em um aparelho conectado a cada uma dessas bombas (formado por medidor de vazão ultrassônico e por um painel solar);

Que monitora, em tempo real, a quantidade de água retirada.

A CAS Tecnologia fornece a tecnologia que faz a coleta e a entrega dos dados para a Universidade Federal do Tocantins.

Logomarca da Universidade Federal do Tocantins

Micro usina solar

“Em campo foram instalados, em cada bomba, os equipamentos da estação de medição, composta por:

Uma microusina solar

O medidor ultrassônico de vazão

E o transmissor de dados da CAS Tecnologia, que recebe a leitura de corrente elétrica e envia essa informação a cada 15 minutos via rede de telefonia GPRS ou 3G.

Os dados seguem para o servidor de comunicação Hemera Iris , da CAS Tecnologia , na nuvem;

Que então são acessados pela Universidade Federal do Tocantins, onde são armazenados pela aplicação GAN

Que por fim decodifica o sinal e o transforma em um valor de vazão, em litros por segundo.

Assim, pesquisadores ficam de olho nos índices que indicam se a água do rio está sendo captada corretamente ou não.”

Explica Pablo Santana, arquiteto de soluções da CAS Tecnologia.

Logotipo do Cas Tecnologia

Número de pontos instalados na bacia.

Ao todo, são 98 bombas hidráulicas pertencentes aos produtores rurais que captam água para seus projetos de irrigação.

Destas, 77 já possuem o aparelho de medição instalados.

Com o transmissor da CAS Tecnologia, são 63 bombas hidráulicas.

Em média, os produtores rurais retiram 1500 L/s dos rios e chegam a operar 24h/dia.

A título de comparação, a principal estação elevatória, responsável por abastecer cerca de 70% da capital do Tocantins, Palmas, retira 800 L/s do curso d’água.

 

Até 1500 litros por segundo

“Os volumes captados por cada bomba são muito altos, em média, 1500 litros por segundo;

E com esse número expressivo de bombas o grande risco é interromper o fluxo da água na calha do rio, comprometendo assim os demais usos da água, assim como a fauna e a flora associada ao manancial.”

Explica o Dr. Felipe de Azevedo Marques, presidente do IAC/UFT e Coordenador Geral do Projeto Gestão de Alto Nível.

A bacia hidrográfica do Rio Formoso é a primeira e única do Brasil a ter sua vazão monitorada 24 horas por dia.

 

Razões da implantação do projeto

Em 2016, após uma Crise Hídrica, o Ministério Público do Estado do Tocantins impetrou uma Ação Cautelar contra os produtores rurais;

Pela retirada excessiva de água e contra o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) órgão ambiental fiscalizador.

O Tribunal de Justiça, ao receber e analisar a ação, convidou a Universidade Federal do Tocantins para contribuir no processo, sob o viés técnico, a fim de apoiar sua decisão.

Foi então que o IAC/UFT apontou uma alternativa: evoluir a gestão de recursos hídricos na bacia, a fim de restabelecer a segurança hídrica aos produtores e ao meio ambiente.

“A Gestão de Alto Nível visa dar condições ao órgão gestor estadual, o Naturatins;

De tomar providências quanto à redução ou manutenção das vazões captadas mais rapidamente e assim não ocorrer o comprometimento dos corpos hídricos ou a suspensão abrupta das captações.”

Diz Felipe Marques, que completa:

“O princípio da Gestão de Alto Nível é reduzir as incertezas;

Permitindo aos usuários e órgão gestor monitorar permanentemente a disponibilidade e a demanda hídrica.”

Aplicativo para uso do produtor rural

Para que o produtor rural esteja ciente e atento ao volume de água que capta do rio;

O projeto Gestão de Alto Nível disponibilizou um aplicativo pioneiro no Brasil.

Que apresenta tanto a disponibilidade hídrica da bacia bem como as vazões em tempo real de todas as bombas hidráulicas.

A aplicação pode ser acessada de qualquer dispositivo com acesso à internet.

A partir de um mapa o usuário clica sobre a estação de interesse, de disponibilidade ou de captação.

A partir daí as informações gerais da estação ou bomba são apresentadas;

Assim como as vazões em tempo real e as séries históricas no formato de tabelas e gráficos dinâmicos., Tudo muito fácil de usar.

 

O monitoramento espelha a utilização com sustentabilidade

 

“Antes do monitoramento, nem o produtor nem o órgão fiscalizador sabiam quanto de água cada bomba retirava do curso d’água.

Com o monitoramento, o produtor consegue saber se está captando além de sua vazão ou volume diário permitido;

E até mesmo se está captando mais do que a necessidade de água para a irrigação, podendo reduzir as horas de trabalho da bomba.

E também economizar em energia, pois eficiência hídrica é também eficiência energética.”

Explica o coordenador técnico da Gestão de Alto Nível, o Dr. Fernán Vergara do IAC/UFT.

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