Capacete com reconhecimento facial vence hackathon da ABDI
Um soldado está no meio da multidão em busca de um alvo específico.
De repente ele olha para um ponto e consegue identificar com precisão o rosto da pessoa que ele procura.
Esta é a possibilidade que está por trás da solução apresentada pela equipe “Thunder”, vencedora da Hackathon de Capacete Inteligente promovido pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) durante a 12ª Campus Party, em São Paulo.
Foi a melhor solução porque eles conseguiram aplicar IA e tornar isso uma ferramenta para o combatente
O objetivo do hackathon foi cumprido, como avaliou Cássio Rabelo, Analista da Coordenação de Desenvolvimento Tecnológico da ABDI, pois a Agência conseguiu obter subsídios para a inovação na indústria da defesa.
“Estamos em processo de aquisição de um lote piloto de uniforme inteligente.
E para a licitação necessitamos ter as especificações do uniforme: tipo de tecido, capacete, funcionalidades incorporadas.
Então, um subsídio como esse do hackathon é importante para compor este mosaico que está em produção”, diz Rabelo
Capacete câmera e periférico
Um capacete usado em canteiros de obra, um Raspberry Pi3, uma câmera, uma bateria e um aparelho periférico de aviso formam o protótipo que ficou com 78 pontos e o primeiro lugar.
“São coisas ao alcance de todos, com a tecnologia que temos em mãos é possível montar uma solução como esta”, destacou Vinicius Figueiredo, integrante da “Thunder” e que estuda reconhecimento facial e Inteligência Artificial (IA) no mestrado em computação.
IA para reconhecimento facial
Em 24 horas, o time treinou o sistema de IA para reconhecimento facial.
“Juntamos a expertise que temos e um pouco de hardware para poder embarcar a tecnologia no capacete e fazer funcionar.
Colocamos nosso conhecimento acadêmico na prática e isso nos empolgou”, completa Figueiredo.
Na apresentação aos três jurados do hackathon, a equipe mostrou o sistema em funcionamento. Cada pessoa que entrava no raio de visão da câmera acoplada ao capacete era identificada pelo software, ganhando uma numeração específica e um marcador ao redor do rosto.
Além disso, aparecia a quantidade de pessoas presentes no quadro.
“Foi a melhor solução porque eles conseguiram aplicar IA e tornar isso uma ferramenta para o combatente.”
Justifica Victor Fragoso, Engenheiro Especialista em IoT.
“Isso aqui é viável neste tempo que eu tenho?
No que eu devo focar, no designer ou no software do negócio?
O Thunder focou no que importava”, completa Fragoso, um dos jurados.
“Eu gostei porque eles pegaram o capacete pronto e colocaram a tecnologia deles.
É muito mais fácil de modelar.
Algumas pessoas fizeram muita coisa em impressão 3D e produzir somente desta maneira não é viável.
Você projetar um capacete é algo complexo.”
Analisou o Engenheiro Mecatrônico Diogo Lacerda, outro integrante da banca examinadora do hackathon da ABDI.
Palco principal da Campus Party
Além de Vinicius Figueiredo, integrou a equipe vencedora Vinicius Silva, engenheiro da computação e desenvolvedor, Rômulo Almeida, técnico em automação industrial e eletricista autônomo, e Renê Jerez, analista comercial.
Eles subiram ao palco principal da Campus Party, junto às equipes Soldier 4.0, que ficou em segundo lugar no hackathon com 69 pontos, e Metadata, terceira colocada com 63 pontos, para receber as premiações no encerramento da edição do evento.
Para a classificação, foram avaliadas a criatividade, a viabilidade técnica e a execução dos projetos.
Cada integrante destas equipes recebeu Kits Nerd ao Cubo e ingresso para a próxima Campus Party.
Além disso, o primeiro lugar ganhou quatro vouchers de Cursos Impacta On line de R$ 900,00.