MINAS SUMMIT – 3ª edição se encerra com R$ 70 milhões em negócios e público de mais de 10 mil pessoas
3ª edição do evento Minas Summit atraiu 10 mil pessoas e R$ 70 milhões em negócios. Belo Horizonte tem o 4º ecossistema de tecnologia que mais cresce no mundo. Minas Summit 2025 recebeu mais de 10 mil pessoas no BeFly Minascentro, em Belo Horizonte.
Belo Horizonte viveu dias intensos de conexão, novas ideias e negócios promissores durante o Minas Summit 2025, evento que reuniu, entre 5 e 6 de junho, grandes nomes da inovação de Minas Gerais e atraiu mais de 10 mil participantes. A capital mineira tem o 4º ecossistema de tecnologia que mais cresce no mundo, segundo o relatório The Global Tech Ecosystem Index 2025, junto a Curitiba, que levou o 6º lugar — as únicas cidades brasileiras no top 20 desta categoria, Rising Stars. Foi nesse clima de ampliação e fortalecimento, com R$ 70 milhões em negócios fechados, que a 3ª edição do Minas Summit se encerrou.

O ranking das cidades que mais avançam em tecnologia é definido pelos fatores: aumento do valor de mercado das empresas; volume de startups em expansão;
Número de startups unicórnio;
Maturidade dos fundos de investimento locais;
Aumento da atração de capital estrangeiro.
De acordo com o relatório, as cidades Rising Stars estão dando origem a uma nova geração de empresas de tecnologia.
Paulo Justino, CEO do Grupo FCJ e co-organizador do Minas Summit, comenta este momento de aquecimento do mercado. “Minas teve uma geração muito forte em tecnologia e inovação, aquela da Hotmart [startup unicórnio da comunidade San Pedro Valley, criada em 2011]. Agora vemos uma nova onda se formar, uma geração de mentes criativas que está colocando o estado novamente em forte protagonismo. O que o Minas Summit faz é atuar como catalisador disso”.
Estrutura do Minas Summit 2025
Com o tema “Inovação que move o mundo”, a estrutura do Minas Summit, no BeFly Minascentro, contou com sete palcos simultâneos, mais de 400 palestrantes, 150 estandes e 80 horas de conteúdo, além de espaço próprio para o fechamento de negócios. Realizado pelo Grupo FCJ, em parceria com o Órbi Conecta, 100 Open Startups e BH-TEC, a edição também marcou parcerias inéditas com eventos de relevância nacional: SEG Summit, Órbi Academy, AI Summit Brasil e Future Law, que contaram com edições especiais dentro do Minas Summit 2025.
Christiano Xavier, CEO do Órbi Conecta e co-organizador do Minas Summit, confirma: “O Minas Summit se tornou um ponto de encontro. O Órbi está mesmo destinado a ajudar a Lagoinha a se transformar em um polo digital, nossa Montanha Digital, e dar protagonismo a BH e Minas. Tem muita gente imbuída nesse propósito, e não para de chegar mais”.

Abarcar crescimento de startups
Para Fernando Augusto Lopes, diretor-presidente da Prodabel, Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte, essa edição foi a “consolidação do Minas Summit e BH se reafirma alinhada e comprometida com o desenvolvimento tecnológico. Por isso, temos legislação específica para abarcar o crescimento das startups. Essa segurança jurídica torna a capital cada vez mais promissora”, declara. Ele considera fundamental que o setor privado, em parceria com o poder público, atue na promoção de tecnologias emergentes, como a Inteligência Artificial (IA), “sempre com foco na construção de uma cidade mais inclusiva”, reforça.
Bruno Araújo, secretário executivo de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, garante que o Governo de Minas continuará investindo em ciência e tecnologia: “De 2024 até 2026 serão destinados cerca de R$ 1 bilhão para o setor”, afirma. Ele também destaca o papel da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), que no momento conta com edital aberto, da ordem de R$ 50 milhões, para o fomento à inovação no estado.
Temas em evidência
Educação — O Órbi Academy, braço educativo do Órbi Conecta, realizou três painéis e uma prática de design thinking para falar sobre a educação, da infância à vida adulta, e o impacto da tecnologia no mundo da aprendizagem. Participaram das conversas professores das redes pública e privada de ensino, alunos de ensino médio e graduação, e entidades como Assespro e Senac.
Mineração
Um dos assuntos mais caros à Minas Gerais teve um importante lançamento no Minas Summit: o Mining Map 2040, desenvolvido pela KR Capital e a FCJ, em parceria com a Academic Ventures. Trata-se de um estudo prospectivo pioneiro que identifica os principais vetores de transformação da mineração brasileira para os próximos 15 anos.
O Mining Map 2040 foi construído com a análise de mais de 300 fontes especializadas e o processamento de mais de 1 milhão de linhas de informação, resultando em quatro cenários futuros para o setor mineral, incluindo aquele desejável para a humanidade: a mineração sustentável. “Esse estudo entrega uma visão clara dos rumos que devemos perseguir para alinhar crescimento econômico, responsabilidade ambiental e inclusão social no setor mineral”, afirma o professor Zaki Akel Sobrinho, CEO da Academic Ventures.
Inteligência Artificial
O tema do momento não poderia faltar. No Palco Casa do Baile aconteceu o aguardado AI Summit, que foi um mergulho no mundo da IA, abordando desde aplicações práticas em empresas até questões éticas, sociais e econômicas. A cooperativa de saúde Unimed-BH, por exemplo, revelou que 95% dos exames e consultas, hoje, são liberados por uma IA capaz de avaliar a situação do paciente.
Allan Sene, cofundador da Dadosfera, plataforma de Data, AI e Analytics, foi um dos players que debateu sobre IA e empreendedorismo e a importância de construir tech no Brasil com propósito e visão. A demanda é notável: desde 2019 a plataforma desenvolvida por ele e seus sócios já processou 3.5 trilhões de registros e processa mais de 300 bilhões de eventos todo mês para entregar análises de dados avançadas para seus clientes.

Presença da Century
A Century, companhia de software e Tecnologia da Informação, anunciou que vai iniciar, ainda em 2025, a construção de seu novo data center.
Será a sua segunda unidade de data center na cidade de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O projeto custará R$ 150 milhões (capital próprio). O novo Data Processing Center e tem previsão para começar a operar no primeiro semestre de 2026. A nova unidade terá foco em aplicações IA e deve gerar 57 empregos diretos.