Os computadores gamers apresenta um bom crescimento de vendas da categoria no varejo brasileiro.
Presença do segmento em loja física mais do que dobrou no último ano e é o grande investimento atual da indústria de tecnologia
A categoria de computadores gamers, aqueles projetados especialmente para quem os utiliza para os jogos principalmente online;
Representou aproximadamente 10% das exibições de computadores no varejo físico brasileiro no último trimestre de 2017;
Um crescimento de 150% nas vendas de PC gamer se comparado com o mesmo período do ano anterior.
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O dado foi levantado pela Marco Marketing no Brasil, multinacional que opera no segmento do marketing de consumo;
Com base em análise de um banco de dados próprio composto por aproximadamente 440 mil registros;
De produtos expostos em mais de mil pontos de venda distintos, de 29 bandeiras em 79 cidades e 20 estados diferentes.
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Além disso, foi possível concluir que entre as categorias especiais (aquelas que ficam fora das gôndolas tradicionais);
O produto gamer já representa 19% das exposições.
A empresa, que possui mais de 20 anos de experiência e atua em toda a América Latina, apontou também que em 2017;
Todas as principais marcas de desktop do mercado (Dell, Lenovo, Samsung, Acer, MSI e Avell);
Fizeram grandes lançamentos no segmento ao mesmo tempo em que grande parte delas não contava com nenhum modelo específico no ano anterior.
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A indústria de videogame como um todo é a maior de entretenimento do mundo.
Desde 2007, é mais rentável que a gigante indústria cinematográfica de Hollywood.
Pesquisas apontam que já em 2013 o cinema faturou US$ 35,9 bilhões, metade do que alcançou a indústria de games, US$ 70,4 bilhões.
Em 2016, segundo levantamento da “Superdata Research”, o faturamento do setor chegou a US$ 91 bilhões no mundo todo.
“Por ser uma categoria com margens elevadas e ticket médio alto, essa categoria é alavancada também pelo varejo, que contribui para o desenvolvimento da categoria ao disponibilizar espaços especiais, permitindo que a indústria crie ambientes de experimentação fora da gôndola, como as Game Zones.
Com isso, o consumidor interage, manuseia, se familiariza com o layout e com a linguagem específica e compara performance de diferentes máquinas, tudo no mesmo lugar”;
Ressalta o gerente de inteligência da Marco Marketing no Brasil, Rafael Fuentes.
Todo esse evidente crescimento é acompanhado por algumas características únicas que precisam ser observadas pela indústria e pelo varejo para desenvolver as ativações no ponto de venda.
Uma delas é que o público é extremamente exigente, conhece detalhes técnicos e complexos dos modelos e considera;
Que é um item de durabilidade longa e, portanto, a decisão de compra precisa ser assertiva.
O levantamento categorizou os principais perfis de compradores:
• Pai do gamer:
Esté é o shopper que tem filhos criança ou adolescente, que são, de fato, o consumidor final e o influenciador da compra.
Praticamente sempre estão juntos e escolhem o produto em loja de acordo com o atendimento que recebem;
• Gamer:
Este é o caso de quem é o comprador e o consumidor do produto.
Normalmente eles possuem um conhecimento mais técnico e aprofundado e já chegam no ponto de venda influenciado pelas pesquisas realizadas por meio da internet.
O atendimento em loja atua apenas para tirar dúvidas finais e para;
Acima de tudo, propiciar a experiência de experimentar os produtos;
• Empolgado:
Este cliente não entende tanto de games e partes técnicas, como hardware.
Por vezes, sequer joga com frequência ou exige alto desempenho dos seus jogos.
Entretanto, foi seduzido pela repercussão da categoria e é o perfil mais influenciado pelo atendimento realizado na loja;
• Profissional:
Este perfil está comprando o notebook para processamento de imagem e vídeo para uso profissional, como produção e edição audiovisual.
Acima de tudo, exige um modelo confiável, que garanta a entrega do seu trabalho.
O design e a tecnologia do produto são os principais fatores de decisão para ele.
Dentre estes, com base nos dados e na observação de campo pela equipe de promotores da Marco Marketing no Brasil;
O que mais cresce no ponto de venda é o empolgado, como consequência da grande atenção que o mercado vem recebendo principalmente por meio de conteúdos em canais especializados no YouTube, além da plataforma Twitch, site de streaming para transmissões ao vivo de partidas de e-sports.
Ainda de acordo com o “Superdata Research”, estima-se que existam cerca de 3,4 milhões de gamers no Brasil;
Sendo o quarto público em todo o mundo (atrás apenas dos EUA, Japão e China) e o primeiro na América Latina.
Perfil do consumidor gamer
Curioso é o perfil dessas pessoas, segundo a pesquisa Game Brasil 2017:
36,2% dos entrevistados têm entre 25 e 34 anos e 31,4% têm entre 35 e 54 anos.
Ou seja, quase 68% dos gamers brasileiros já são adultos.
Outro dado que surpreende é que as mulheres, que em 2013 representavam pouco mais de 40% dos gamers, agora já são maioria:
53,6%, que apesar de passar menos tempo jogando, consome e gasta mais com o setor.
Entre equipamentos, jogos, aplicativos, acessórios e licenças;
O público brasileiro foi responsável por movimentar US$1,6 bilhão em 2016, 24% a mais que em 2014.
O valor representa 35% do total da receita gerada pelo setor na América Latina;
Que é de aproximadamente US$ 4,5 bilhões.
“O que nós vemos é que o sentido pejorativo do antigo ‘nerd’ deu lugar a uma cultura geek que é extremamente popular e valorizada atualmente.
E justamente toda essa transformação de cenário e aumento da procura pelos mais empolgados;
Faz com que o mercado dê sinais de espaço para crescimento.
Provavelmente observaremos um 2018 aquecido tanto pela indústria quanto pelo varejo”, completa Fuentes.