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O WhatsApp está entre os aplicativos mais utilizados para troca de mensagens entre usuários de internet móvel. O bloqueio deste aplicativo por 48h, determinado pela justiça de São Paulo, vem motivando diversas discussões desde os impactos na vida dos usuários até a legalidade do ato em si, contrapondo o Marco Civil da Internet.
Entre os debates estão as alternativas para manter os serviços que o WhatsApp nos oferece e, temos duas vertentes em destaque: aplicativos similares ou mecanismos para burlar o bloqueio.
Segundo Fabio Lopes (foto), coordenador na Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie, na troca de aplicativo, seria necessário incentivar todos os amigos a trocarem também, ou seja, opções como o Messenger e o Skype poderiam ajudar, pois as redes de amizade já utilizam estes recursos, vezes para entretenimento ou para atividades profissionais.
“No caso da tentativa de burlar o bloqueio, existem os aplicativos de VPN (Virtual Private Network ou rede virtual privada). Neste caso, continuamos com o WhatsApp mais teremos que construir uma conexão com um serviço instalado fora da área de bloqueio, capaz de manter as atividades do aplicativo. Porém, quando utilizamos este serviço, nossos dados trafegam por um servidor externo, desconhecido do WhatsApp, com acesso às nossas mensagens e demais itens trocados neste canal. Deste modo, este recurso pode gerar algumas vulnerabilidades para nós, usuários. Então, recomenda-se cuidado ao utilizar este tipo de serviço ou talvez seja melhor ter dois dias de folga digital para olhar o mundo ao nosso redor”, ressalta o especialista.