Projeto, que conta com vaso que fornece água e iluminação artificial e aplicativo para acompanhar evolução do cultivo, é um dos escolhidos pelo Samsung Ocean, voltado para soluções na Amazônia Ocidental
Três alunos da Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Acre estão desenvolvendo um vaso automatizado que fornece água e iluminação artificial de acordo com a necessidade de cada planta. O projeto é um dos 13 escolhidos para participar do Samsung Ocean Lab #3, programa de inovação da Samsung Brasil que oferece capacitação empreendedora e tecnológica para a região da Amazônia Ocidental (composta por Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima) e do Amapá. A atual edição da iniciativa tem atividades remotas, ampliando o seu alcance.
O projeto, intitulado Gardens, foi criado por Leonardo Batista, Leonardo Kretschemer e Pedro Eugênio e pretende desenvolver a jardinagem sustentável automatizada auxiliada por um aplicativo para acompanhar a evolução de cultivos e até facilitar a compra de adubos e outros incrementos necessários. A ideia surgiu a partir do crescente interesse em jardinagem vertical amadora e no consumo de produtos orgânicos.
“Desenvolvemos um vaso com características especiais, como autoirrigação e controle de luminosidade, de acordo com as necessidades específicas de cada planta e da adaptação ao clima. O aplicativo permitirá ver a quantidade de água na jardineira, quantas horas de energia foram utilizadas e se o cultivo está dentro da programação de evolução, entre outras funções. Estabeleceremos também parcerias com lojas para, no próprio app, facilitar a compra de adubo e sementes, por exemplo. A jardinagem é um hobby e uma arte que exige uma responsabilidade, e nossa ideia é entregar uma comodidade maior ao consumidor para exercê-la”, disse Leonardo Batista, CEO da Gardens.
“Nosso projeto abre a possibilidade de prática de jardinagem para quem não tem espaço nem tempo para cuidar de um jardim. Até por isso, não desenvolvemos um vaso muito grande. Oferecemos a opção de iluminação artificial para ampliar as possibilidades para moradores de apartamentos ou casas pouco atingidos pela luz solar. Também atingimos quem gosta de cozinhar e gostaria de cultivar uma jardineira com temperos, por exemplo”, completou Leonardo Kretschmer, também CEO do projeto.
Samsung Ocean Lab #3
Entre os 13 projetos, além do Acre, Rondônia e Roraima também possuem um representante cada, sendo os outros dez do Amazonas. Há propostas voltadas para as áreas de economia regional, educação e capacitação profissional, entretenimento, negociação de resíduos descartados por indústrias locais e turismo, além de gestão e controle de doações, monitoramento de criadouros de Aedes aegypti e de distanciamento social.
“A adaptação do Samsung Ocean para atividades remotas abriu oportunidades para startups que estão nascendo em ecossistemas emergentes para esses empreendimentos voltados à tecnologia, como é o caso do Acre. O Ocean é uma porta de entrada, com a possibilidade de desenvolver talentos que entrem no mercado com projetos promissores e que atendem a demandas do mercado, como, por exemplo, jardineiras adaptadas a rotinas nas quais fãs de jardinagem não conseguem ter a dedicação que gostariam às plantas em casa”, analisou Eduardo Conejo, Gerente Sênior de Inovação na área de Pesquisa e Desenvolvimento da Samsung.
As equipes finalistas possuem de três a seis integrantes e recebem suporte de professores e profissionais da unidade de Manaus do Samsung Ocean com treinamentos, palestras, workshops e experiências de trabalho de campo. São tratados temas como Empreendedorismo, Design e Criação de Valor, distribuídos em atividades focadas em pesquisa de mercado e ideação, validação de problema, desenvolvimento e validação da solução, bem como do modelo de negócio, tendo como objetivo final a validação do MVP (mínimo produto viável) de cada projeto. Todos os procedimentos são feitos no formato online.