Projetos se desenvolvem e ganham novas perspectivas com apoio de Universidades; as escolas também já se preparam para participar da 9ª edição, que terá inscrições abertas em março
O programa Solve for Tomorrow, que conta com coordenação geral do Cenpec, é conhecido por desafiar alunos e professores da rede pública de ensino a desenvolver soluções para a sociedade local com experimentação científica e/ou tecnológica. Mas além de criar protótipos criativos e inovadores que trazem novas perspectivas à sua comunidade, espera-se que os jovens participantes continuem aprendendo e se desenvolvendo em sua caminhada educativa e pessoal. E esse é o caso de alunos vencedores da 8ª edição do Solve For Tomorrow no Brasil, que aconteceu no ano passado.
Avanços dos projetos vencedores do Solve For Tomorrow 2021
Eleitos vencedores nacionais da 8ª edição do programa, os alunos de São Carlos, interior paulista, desenvolveram projeto para reduzir o desperdício e reutilizar sobras de alimentos e resíduos orgânicos para produzir biogás, que seria utilizado na cozinha da escola. Além disso, a equipe teve a ideia de produzir uma calculadora digital para auxiliar as merendeiras da escola a planejar melhor a produção das refeições.
“Os alunos estão fazendo pesquisas e analisando como colocar o aplicativo nas lojas online, para que outras escolas possam utilizar a calculadora. Também estamos contando com uma parceria com Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP), para tentar transformar o biogás em energia elétrica. Inclusive, uma das alunas da equipe recebeu uma bolsa de Pré-Iniciação Científica na Universidade”, conta Barbara Guedes Rodrigues, professora de Química e orientadora do grupo vencedor. Segundo ela, a equipe tem colhido bons frutos devido à sua participação no programa.
Também entre os vencedores da 8ª edição, os alunos de Flores, Pernambuco, desenvolveram um projeto que visa combater o caruncho, uma traça conhecida por degradar grãos em ambiente de plantação. Os alunos descobriram um potencial inseticida do óleo extraído do coco catolé, muito comum na região, para impedir o surgimento de carunchos e a perda de frutos. Com essa descoberta, surgiu a ideia de apresentar o projeto aos agricultores da comunidade e regiões próximas para otimizar seus processos de plantação e colheita.
“O grupo já está apresentando o processo de produção e os resultados do óleo à comunidade, e se programando para começar as oficinas de capacitação na época de colheita do coco catolé. Dessa forma, os agricultores da região poderão aplicar o óleo por conta própria em suas plantações. Os alunos também estão estudando como extrair esse óleo em grande quantidade para apresentá-lo a empresas da região”, afirma o Gustavo Santos Bezerra, professor de Ciências da Natureza e orientador do grupo. “Ainda, estamos em contato com o grupo do laboratório de instrumentação e análises químicas da Unidade Acadêmica de Serra Talhada da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), para conduzir algumas análises de infravermelho e viscosidade”, conclui.
O grupo de alunos de Chapecó, Santa Catarina, ficou entre os mais votados pelo Júri Popular com um protótipo de reabilitação pulmonar para pacientes com sequelas respiratórias da Covid-19. Com grande repercussão local, esse foi um dos projetos focados na área da saúde e desenvolvido com materiais de baixo custo, facilitando o acesso de toda a população ao tratamento. O grupo ainda contou com um grupo de voluntários, incluindo uma das professoras da escola, para testar a eficácia do protótipo e acompanhar os resultados obtidos com ele.
“Contamos com a parceria da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), que demonstrou bastante interesse no projeto. O grupo interdisciplinar de professores da área da saúde, como medicina e enfermagem, vão iniciar uma pesquisa com estudos clínicos para validar o protótipo. Essa é uma oportunidade única para que os alunos se familiarizem com o ambiente universitário e façam uma espécie de intercâmbio de conhecimento”, explica Oeliton Vieira Fortes, professor de Matemática e orientador da equipe. “O projeto foi desenvolvido no ano passado, mas ainda estamos colhendo bons resultados”, afirma.
Alunos começam a se preparar para a próxima edição do Solve For Tomorrow
Com grande impacto nas escolas públicas de todo o país, o Solve For Tomorrow eleva a expectativa de alunos e professores interessados em se inscrever nas edições seguintes. Alguns deles começam a se preparar com o máximo de antecedência, buscando ideias de protótipos que podem ser desenvolvidos para concorrer ao prêmio quando a abertura das inscrições for anunciada.
Na Escola Estadual Professor Sebastião de Oliveira Rocha, onde a professora Barbara leciona, já existe uma ideia de projeto em sustentabilidade para concorrer à edição de 2022. “É um projeto que foi desenvolvido em 2020 para uma feira de ciências, mas teve a parte de pesquisa paralisada por conta da pandemia. Agora estamos retomando com alguns experimentos e pesando materiais para conseguir mais detalhes, mas a ideia é apresentar um projeto bastante interessante”, explica a educadora.
Segundo o professor Gustavo, os alunos da Escola Dario Gomes de Lima saem do Ensino Fundamental com projetos semiprontos para se inscreverem no programa logo que ingressam no ensino médio. E mesmo quem já venceu, quer concorrer novamente. “A equipe do ano passado quer participar com um novo protótipo para dar continuidade ao projeto apresentado”, afirma.
“A cada ano que passa ficamos mais animados com os trabalhos apresentados no Solve For Tomorrow. Mas acima de tudo, felizes em ver a empolgação dos alunos pela educação, pela pesquisa científica, e por sua aplicação prática em suas comunidades. Saber que o programa abre novas oportunidades de aprendizado para os alunos, criando conexão com a pesquisa e educação universitária, ratifica o compromisso global da Samsung em educação para as futuras gerações. Estamos confiantes que a edição de 2022 atrairá ainda mais projetos promissores”, afirma Helvio Kanamaru, gerente sênior de Cidadania Corporativa da Samsung para América Latina.
“Contribuir com a formação de estudantes de diferentes regiões do país, dando oportunidade para conhecerem e vivenciarem novas experiências educativas e serem protagonistas de projetos que visem a melhoria de suas próprias comunidades, é uma ação importante na busca pela equidade e qualidade na educação. Quando vemos alunos assim, engajados em pesquisas, na busca de soluções criativas e sustentáveis e mobilizados para participar da premiação, vemos o quanto a ação é relevante para a educação pública no país”, afirma Ana Cecília Arruda, coordenadora de programas e projetos do Cenpec.
Saiba mais sobre o Solve For Tomorrow
Programa de Cidadania Corporativa da Samsung, Solve for Tomorrow, inicialmente conhecido no Brasil como Respostas para o Amanhã alcançou mais de 165.036 estudantes, 23.046 professores e 5.497 escolas públicas em 9.956 projetos inscritos desde 2014. Mesmo ocorrendo de forma totalmente remota pelo segundo ano consecutivo, a 8ª edição do programa registrou um aumento de 22% na participação de estudantes, 40% na de professores e 52% na de escolas em comparação a 2020.
O programa, que faz parte do conjunto de projetos capitaneado pela visão global da marca “Together for Tomorrow! Enabling People – Education for Future Generations”, busca capacitar futuras gerações para alcançarem seu pleno potencial por meio da Educação. E conta com uma rede de parceiros, como a representação no Brasil da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO no Brasil), da Rede Latino-Americana pela Educação (Reduca) e da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), além do apoio do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed).
Para mais informações sobre o Solve For Tomorrow no Brasil, acesse o site https://respostasparaoamanha.com.br/ ou baixe o aplicativo do Respostas para o Amanhã na Play Store.