O uso de influenciadores digitais para tornar marcas e produtos conhecidos e despertar o desejo de compra dentro de um segmento de público já é uma estratégia comum para grandes empresas, que destinam verbas consideráveis para o canal digital há anos. O investimento em publicidade digital no Brasil alcançou os R$ 32,4 bilhões em 2022, de acordo com o Digital Ad Spend, relatório elaborado pelo IAB Brasil, realizado em parceria com a Kantar Ibope Media.
Mas os altos custos de contratação das chamadas web celebridades e as restrições orçamentárias impostas por um mercado aquecido de provedores de serviços e ferramentas podem deixar uma grande parte do mercado restrita a táticas menos onerosas, como a oferta de anúncios em sites de busca, os chamados links patrocinados, e a publicidade tradicional das redes sociais.
Com a missão de mudar esse cenário, a europeia SocialTalk desembarca no Brasil em agosto apresentando uma plataforma que já ajudou desde marcas como Zara e Nestlé até pequenos negócios locais a implementarem suas ações de marketing de influência — ou influencer marketing — com foco em eficiência de custos e escalabilidade. “A ideia é permitir que pequenos e médios negócios que já anunciam em sites como Google e Facebook, agora também possam criar suas campanhas com nano e microinfluenciadores, algo impossível sem o uso de tecnologia”, diz Francisco Ascensão, CEO da SocialTalk.
Não é de hoje que o Brasil apresenta números expressivos de uso das redes sociais. Há mais de uma década, o país sempre aparece entre os líderes globais em número de usuários e engajamento, em parte explicado pela crescente penetração da internet, que já passou de 90% de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios divulgada no ano passado.
Segundo estudo da consultoria Nielsen de 2022, o Brasil tem em torno de 10,5 milhões de influenciadores apenas no Instagram, mais que em qualquer outro país do mundo. Isso equivale a oito vezes o número de advogados ou quase 20 vezes o número de médicos brasileiros, segundo dados da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Conselho Federal de Medicina (CFM).
“Chega a ser irônico o fato de que um dos maiores seleiros de memes e ações virais do mundo como o Brasil, um país continental, ainda não se abriu de forma efetiva para a grande oportunidade do marketing de influência local”, diz Miguel Dorneles, líder da expansão brasileira da SocialTalk. “Faltava uma solução que incluísse esses pequenos e médios negócios na equação da mídia social. Enquanto os anúncios ficam mais caros, o poder dos microinfluenciadores é uma alternativa de ouro para essas empresas”, completa.
Miguel Dorneles não é um estranho ao tema. Em 2009 foi protagonista na operação de expansão do Facebook para o Brasil, antes de estabelecerem um escritório local. Já em 2012 foi responsável por trazer a Zynga à América Latina, famosa empresa de games do mundo pós-Facebook. Em ambos os desafios, o foco era em grandes anunciantes e agências de publicidade. Desta vez, espera contribuir para uma missão ainda mais ambiciosa.
“Quando você introduz um produto que já é conhecido pelo mercado, metade do trabalho já está feito. Com a SocialTalk vamos ter que apresentar uma possibilidade nova para essa base da pirâmide, além de mostrar os nossos diferenciais para as agências e marcas já familiares ao tema, como o preço agressivo e as funcionalidades exclusivas, como o Overlapping, que permite ver a sobreposição de audiências, ou o uso de IA para recomendar perfis em afinidade com os públicos das marcas”, conclui Miguel.
A SocialTalk lançou na última semana a versão em português do seu site e já permite que usuários brasileiros testem a plataforma gratuitamente.
Para saber mais, basta acessar: https://socialtalk.io
Website: https://socialtalk.io