O relatório “Robótica Mundial 2024“, realizado pela Federação Internacional de Robótica (IFR, na sigla em inglês), registrou 4.281.585 robôs operando em fábricas no mundo, um aumento de 10% em relação ao ano anterior. Por região, 70% de todos os robôs recém-implantados em 2023 foram instalados na Ásia, 17% na Europa e 10% nas Américas. O estudo demonstra que esta é uma tendência que veio para ficar no mercado, impulsionada pela eficiência, agilidade e segurança que agrega.
O avanço da tecnologia está transformando rapidamente o mercado de trabalho e no mundo corporativo, os Recursos Robóticos Humanizados (RRH) estão facilitando essa revolução. Os RRH não apenas automatizam tarefas repetitivas, mas também ampliam a capacidade de inovação e execução, criando um ambiente de trabalho mais ágil, produtivo e com mais espaço para que os profissionais humanos possam focar naquilo que é essencial.
No entanto, para as empresas aproveitarem ao máximo essa nova realidade, é importante repensar a organização interna, especialmente nos departamentos de Recursos Humanos (RH) e Gestão de Pessoas, começando pela redefinição de papéis e responsabilidades.
Transformação na gestão de pessoas
Esta já é a realidade de algumas empresas brasileiras, como é o caso da b2finance, especializada em terceirização de processos contábeis, fiscais, financeiros e de folha de pagamento, que utiliza Recursos Robóticos Humanizados (RRH) e Inteligência Artificial (IA) como ferramentas eficazes para transformar a entrega de serviços. Todavia, para Mauro Inagaki, fundador e CEO da organização, “é preciso equilíbrio para que a tecnologia não sobreponha a humanização que deve ser o centro da estratégia corporativa”.
“Empresas que equilibram o uso de robôs e o bem-estar dos colaboradores têm vantagem competitiva. Isso significa criar um ambiente onde a tecnologia serve aos propósitos humanos, melhorando a qualidade de vida e satisfação no trabalho. Ao automatizar tarefas repetitivas, garantimos maior eficiência e precisão nas operações diárias de nossos clientes, acelerando processos e permitindo que nossos colaboradores se dediquem a atividades estratégicas e analíticas, facilitando a tomada de decisões mais complexas e de valor agregado”, comenta.
Nesse caminho, as empresas devem promover uma cultura de aprendizado constante, investindo em programas de capacitação e desenvolvimento que integrem habilidades técnicas e emocionais. “O RH, mais do que nunca, precisa atuar como facilitador dessa transformação, identificando as necessidades emergentes e oferecendo treinamentos que preparem os colaboradores para um ambiente de trabalho flexível, onde humanos e robôs coexistam harmoniosamente”, explica Inagaki.
Estrutura organizacional e integração de tecnologias
Segundo Mauro, outro fator essencial para implementar os RRH de maneira eficaz é a adaptação das estruturas organizacionais, criando funções como especialistas em integração de IA e gerentes de projeto para automação. “A gestão de desempenho também deve ser revisada. Com robôs assumindo tarefas específicas, as métricas tradicionais de produtividade precisam ser adaptadas para refletir a colaboração humano-máquina. Deste modo, é necessário desenvolver novos indicadores de sucesso que valorizem tanto o resultado quanto o processo, incentivando inovação e colaboração, sem renunciar aos valores da empresa e da valorização profissional”.
O CEO completa que diante deste cenário, os Recursos Robóticos Humanizados não são apenas uma tendência, mas uma realidade que está moldando o futuro do trabalho. “A capacidade de liberar capital humano para tarefas analíticas traz uma nova dinâmica ao mercado, mas para prosperar, é essencial que as empresas reorganizem suas práticas de RH e gestão de pessoas, integrando a tecnologia de forma estratégica, mantendo o foco na humanização do trabalho. O futuro já chegou e é construído pela parceria entre o melhor da tecnologia e o melhor dos seres humanos”, finaliza.
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