De acordo com os últimos relatórios publicados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de infetados em todo o mundo supera os 172 milhões e segundo o balanço da agência France-Presse (AFP), a pandemia de Covid-19 matou, pelo menos 3,7 milhões de pessoas.
Baseado nos dados distribuídos pela universidade Johns Hopkins, os Estados Unidos continuam a ser o país mais afetado, tanto em número de mortes como de infeções. Em seguida estão o Brasil, a Índia, o México e o Peru.
Estados Unidos e Israel já imunizam crianças a partir de doze anos, mas de acordo com a Folha de S.Paulo, o considerável aumento de internação de menores acende o debate sobre a vacinação em todos os continentes.
Conforme declaração do Press Emblem Campaign (PEC), organização não governamental com sede em Genebra, pelo menos 1.500 jornalistas de 77 países morreram de Covid-19, destacando que, apenas em maio deste ano, 200 profissionais foram vítimas da doença e dessa soma, 26 casos foram registrados no Brasil.
Entre os dez países onde se registraram mais mortes de jornalistas vítimas do novo Coronavírus, estão também a Colômbia, Itália, Bangladesh, Equador e Estados Unidos, nessa ordem.
Como foi e como está sendo para essa categoria, tão importante para o mundo e para a sociedade brasileira? O Grupo A Hora conta uma parte desta experiência através dos testemunhos de alguns de seus jornalistas e colaboradores.
Para o jornalista Fabricio Magalhães, diretor do grupo, não foi fácil e segundo o mesmo continua não sendo. “No meu caso específico, esta tarefa se torna mais complexa, pois além de assinar alguns artigos, uma das tarefas que tenho é a de filtrar artigos, matérias e manter a interação com todos os nossos colaboradores que assinam colunas nos portais, sendo que há profissionais de vários estados como Goiás, Santa Catarina, São Paulo, além daqueles que estão em outros países como Holanda, Portugal, Inglaterra e Estados Unidos”, conta Magalhães.
Uma das jornalistas que assina uma das colunas no Grupo A Hora é Caroline Santana, que questionada quanto à dificuldade de escrever e ter ideias durante este período pandêmico, contou sua experiência.
“Parabenizo a equipe do jornal que assino meus artigos, e que se dedica desde o início a levar informação de qualidade seja através de matérias ou artigos de opinião. Sinto-me orgulhosa em participar há dois anos dessa família que só tem a acrescentar ao mundo com seus projetos e ideias. É uma honra ter a coluna “Café & Leitura” e escrever sobre assuntos diversos. A pandemia é um desafio que vivemos diariamente e informação, além de animar vidas, faz parte do cotidiano das pessoas. Muitas vezes não é fácil colocar as matérias no ar. Inclusive, minha coluna agora é quinzenal por conta da saúde mental. Sempre direciono meus textos ao planejamento que faço anualmente. Porém, no atual momento que vivemos, fica difícil segui-lo porque tudo pode mudar em cinco minutos. Mas tenho certeza que escrever meus textos, fazer o que realmente gosto, me faz uma pessoa muito mais feliz, e muito mais pautada com a realidade. Além de alcançar pessoas que eu jamais pensei como leitores(as)”, afirmou Caroline Santana, que é jornalista especialista em assessoria de comunicação e marketing.
Paula Tooths, jornalista também do Grupo A Hora, com extensa experiência na área, passando por várias emissoras de televisão no Brasil e no exterior, autora de 8 títulos publicados em mais de vinte países, residiu quase duas décadas em Londres atuando na linha editorial e há três anos vive em Miami, nos Estados Unidos. Paula explica que escrever nunca é uma tarefa fácil, escrever é querer, é viver e sentir a notícia, a opinião e o pensamento, independente de tempos pandêmicos, mas não nega que com toda esta crise mundial, as coisas realmente ficaram mais difíceis, pois divide seu tempo em ser mãe, esposa e jornalista, e com toda essa pandemia da COVID-19, em isolamento, as coisas não ficaram mais fáceis.
“É uma mistura de tudo um pouco – medo, preocupação com a família, receio de estar em campo e não adoecer e ao mesmo tempo, a antena ligada e a neura de não poder perder o que está acontecendo mundo a fora, no início são muitos artigos, muitos textos, muita coisa nova acontecendo, as ideias fluem e os textos nascem, mas com o passar do tempo e a repetição do mesmo assunto todos os dias, a coisa vai ficando estranha. As ideias já não se concatenam como antes. Acredito que escrever é a minha missão. Escrever é o que gosto de fazer e em breve sairemos desta loucura. E artigos e mais artigos virão trazendo boas novas”, desabafou a jornalista Paula Tooths.
A escritora e crítica de cinema, Sara Cristina, também compõe o time do grupo, e com certeza para ela as coisas ficaram mais complexas no que diz respeito a escrever sobre cinema com esta nova realidade.
“Tudo chegou de surpresa e particularmente, uma grande incerteza. O que seria do cinema? De repente uma coisa tão normal, já não podia mais ser feita. As portas dos cinemas se fecharam, produções foram interrompidas, estreias adiadas e minhas matérias paralisadas. A ansiedade pela espera de grandes produções foi trocada por canais por assinatura e downloads desenfreados. Mas quando voltaremos ao normal? Uma pergunta sem resposta garantida e que nos levou a achar uma saída, a nos reinventar, a nos adaptar, alguns com responsabilidade, outros nem tanto. Estamos em um ‘novo normal’ e embora ainda não estejamos em uma sala de cinema, voltamos a falar sobre filmes e em breve, e com fé, faremos novamente o que é ‘normal’”, descreve a crítica de cinema, Sara Cristina.
O jornalista Fabricio Magalhães acrescenta que o verbo escrever é arte, é trazer o que há de melhor no interior, e que o senso crítico tem que prevalecer, que se deve ter muito cuidado, para não surtar e sair por aí atirando em tudo e em todos através da escrita.
“O Grupo A Hora continua, embora seja uma experiência árdua, mas com muito aprendizado. Nossos veículos estão no ar e todos os dias com matérias publicadas, temos priorizado notícias alegres, novidades, variedade e cultura, ao invés de apenas notícias pandêmicas. Existe um momento em que a massa precisa se manter informada do que está acontecendo no mundo, mas não a todo instante, e é nesse momento que entra a nossa filtragem, proporcionando às pessoas que acessam nosso conteúdo, todos os tipos de textos e artigos, não apenas notícias referentes à pandemia. Em breve tudo isso vai passar”, finalizou Fabricio Magalhães.
Website: https://jornalahora.com