Não é só no nome que houve mudança no segmento de formação de condutores. As antigas “autoescolas”, hoje chamadas de Centros de Formação de Condutores (CFCs), após uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), atualmente oferecem uma maior variedade de serviços com mais tecnologia e segurança do que acontecia no passado.
As inovações para o processo de aquisição da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) envolvem tecnologias como segurança da informação, reconhecimento facial, sistema de telemetria, identificação biométrica, provas digitais, entre outras. Essa realidade pode ser observada tanto nos CFCs de diversos municípios quanto nos Departamentos Estaduais de Trânsito (DETRANs), que podem contar com tecnologias específicas que ajudam a modernizar o processo e integrar todas as etapas e informações, como determina o Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN) por meio da portaria nº 238/2014.
Segundo o DETRAN-AM, o estado do Amazonas foi o pioneiro no país a implantar o sistema de telemetria nos veículos utilizados para os exames práticos de direção. As câmeras e sensores do sistema registram todas as ações do aluno durante a prova prática dentro do carro.
Através desse sistema, é possível ter maior controle de dados. Os automóveis são equipados com câmera para reconhecimento de semáforos e placas de sinalização na pista de prova, detector de colisão 360º, interpretação dos sinais do veículo para identificação automática de faltas cometidas, além de câmeras internas e externas para acompanhamento do processo.
Já no DETRAN-SP, os alunos usam reconhecimento facial para fazer aulas teóricas sem sair de casa. O sistema coíbe fraudes nos processos de habilitação e ainda facilitou a vida dos paulistanos durante a pandemia. Demais exemplos como esses se multiplicam pelo país.
O engenheiro Cândido Neto, da empresa Vsoft, que atua no desenvolvimento de produtos de inovação para o setor, dá mais detalhes sobre essas transformações. Hoje, já existem plataformas que possibilitam que o processo seja mais ágil, seguro e totalmente digital, sem uso de fichas ou papéis. Esses recursos usam segurança da informação, inteligência artificial e telemetria para coleta de dados em tempo real, diz o engenheiro.
A segurança é um dos aspectos de maior destaque dessas transformações. Com as novas tecnologias, os serviços demonstram ter mais critérios e fiscalização. A utilização do reconhecimento facial, por exemplo, é um recurso extremamente importante para manter a confiança de todo o processo.
A avaliação prática é bem mais assertiva agora. Isso traz segurança tanto para o órgão fiscalizador, quanto para o usuário final. Também é possível ter acesso ao histórico do seu exame, ele fica registrado e disponível para consultas posteriores, trazendo mais lisura à prova, finaliza Cândido Neto.
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