Segundo relatório do GEM (Global Entrepreneurship Monitor) realizado no Brasil em 2019 e divulgado agora em 2020, quase 90% dos empreendedores iniciais concordaram que a escassez de emprego constitui uma das principais razões para desenvolver a iniciativa empreendedora, seguido da motivação de “vontade de fazer a diferença no mundo”, construir grande riqueza e continuar uma tradição familiar.
As mesmas motivações descritas no relatório do GEM, foram responsáveis pela abertura de 1,8 milhão de novas empresas, batendo um recorde histórico em julho, revela o Serasa. Com a chegada da pandemia do novo coronavírus, cerca de 716 mil empresas fecharam as portas até junho, principalmente MEI’s e Empresas Individuais, de acordo com pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
No momento, o sonho de empreender se choca com o complicado cenário econômico do Brasil, cuja projeções de alavancada são desanimadoras. Diante da necessidade de trabalho e dinheiro, a saída que milhares de pessoas encontrou foi aderir de vez à transformação digital, a começar pelo e-commerce e a abertura de lojas virtuais e participação em marketplaces.
Quando se fala em Transformação Digital, é necessário pontuar que o significado vai além do que apenas o conceito da digitalização, da experiência do consumidor e da tecnologia em si. É uma cultura que une novos modelos de negócio ao ambiente organizacional da empresa, de forma a incentivar o desenvolvimento da equipe e relações interpessoais.
Baseando nessa cultura, as empresas que surgirem em um cenário de pós-pandemia terão a vantagem de traçar estratégias do ‘zero’ e estruturar o negócio baseado nos conceitos e valores da Transformação Digital, inserida na chamada “era do pós-propósito”.
No âmbito burocrático, as novas micro e pequenas empresas devem encontrar o acesso mais fácil às linhas de financiamento e taxas mais acessíveis. Existe também a possibilidade de conseguir incentivos financeiros, caso seja uma startup com solução inovadora para o mercado.
A instável situação do setor empregatício do país tem levado os brasileiros a procurarem outras formas de se manter ativo no mercado de trabalho e fazer a economia girar. É necessário um cuidado ainda maior na escolha do segmento e do modelo de negócio, pois o futuro de uma empresa também depende de fatores externos e incoercíveis.
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