O commodity mais desejado na era digital são os dados. Isso é o que aponta pesquisa realizada pelo Massachusetts Institute of Technology – MIT em 2018, que traz a lume o aumento de cerca de 493% de dados vazados nos anos de 2018 e 2019, indicando que quanto maior o volume de dados “controlados” por determinada pessoa ou empresa, maior o poder que ela exercerá em uma economia movida por informações.
De acordo com um levantamento da Delloite (2020), as compras no meio digital aumentam aproximadamente 35% do início da Black Friday até o final do ano, o que implica investimentos maiores na segurança virtual, principalmente devido à LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados. Clério Rios, CEO da Nível 3 TI, empresa mineira de tecnologia, comenta: “A gestão de riscos começa dentro do empreendimento, portanto, treinar os funcionários e até deixar um cargo responsável pela sua direção dependendo da necessidade, previne ataques de hackers e demais prejuízos, principalmente nas diversas ações promocionais de fim de ano.”
No mês de novembro é celebrada em todo o mundo a Black Friday, data que oferece aos clientes descontos enormes em produtos com alto valor agregado. Neste ano, o evento acontece no dia 26 e muitos consumidores aguardam esse momento para adiantar suas compras de Natal ou adquirir um produto mais caro de modo mais estratégico. O fato é que o planejamento deve vir por parte das empresas e das famílias. Algumas ações devem ser levadas em consideração na hora de efetuar as compras, a fim de que o consumidor não sofra nenhum ataque ou abuso.
Para a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em artigo publicado dia 18 de novembro deste ano, alguns cuidados devem ser adotados nas compras digitais durante o período de promoções. Conhecer a reputação da loja, guardar os registros de compras e pesquisar se o site tem conexões seguras para proteção de seus dados são algumas das orientações para que o consumidor não caia em armadilhas, são algumas delas. Mas não para por aí, segundo a Instituição, o planejamento será a chave de sucesso para fechar bons negócios.
Um bom planejamento é a estratégia que deve ser adotada pelas famílias para o uso consciente do dinheiro, com exercício do autocontrole para não gastar com produtos supérfluos, escolhendo uma loja virtual conhecida, ou indicada por alguém que já realizou alguma compra nela. As marcas que possuem um ambiente físico também garantem mais confiança.
Além disso, é recomendada pelo órgão a busca por ofertas em sites de marcas que possuam clareza nas informações sobre os produtos e serviços, observando a localização do fornecedor como o nome empresarial, CNPJ e endereço.
Clério indica ainda que as famílias utilizem meios de pagamento como o PayPal, PagSeguro, Mercado Pago, que apresentam maior segurança aos consumidores, à medida que dão garantias de cancelamento da transação, ou estorno do valor pago. Conforme a pesquisa revelada pelo artigo, já para as empresas, os especialistas relembram que a segurança deve ser permanente, independentemente da Black Friday, pois a cada dia existe uma novidade ou atualização para aprimorar a segurança.
Vale lembrar que se o cliente tiver problemas de consumo que não tenha conseguido resolver diretamente com a empresa, ele tem à disposição a plataforma Consumidor.gov.br para solucionar conflitos que tenham ocorrido no período das promoções. Basta registrar a reclamação na plataforma, caso a empresa esteja cadastrada, ou procurar o Procon mais próximo de sua residência.
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