A profissão de piloto de drone tem crescido significativamente nos últimos anos, com diversas aplicações em setores como agricultura, engenharia, imobiliário, além de áreas como segurança, vigilância, logística, entre outras. De acordo com pesquisa realizada pela rede social LinkedIn, há diversas oportunidades em várias áreas, e a profissão é uma das que estão em ascensão em 2024.
Os pilotos de drone são responsáveis por operar essas aeronaves remotamente para capturar imagens e coletar dados em diversas situações. Para operar Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs), o profissional precisa ter capacitação técnica e conhecimento das regulamentações locais. Ainda segundo o estudo, divulgado em janeiro, os homens dominam o segmento, ocupando 95% das vagas, e o setor de agricultura é um dos que oferecem mais oportunidades, principalmente para pilotagem e configuração de drones pulverizadores.
Na engenharia, também há oportunidades. Os pilotos de drone desempenham um papel em diversas áreas, como topografia, inspeção de obras, monitoramento de projetos de construção, levantamento de terrenos e modelagem 3D. Eles utilizam drones equipados com câmeras e sensores especializados para coletar dados precisos e detalhados sobre o terreno, estruturas e infraestrutura.
Esses dados são essenciais para o planejamento e execução de projetos de engenharia, permitindo uma análise mais precisa e eficiente do ambiente de trabalho. Além disso, os drones podem ser usados para monitorar o progresso das operações, identificar potenciais problemas e garantir a conformidade com os padrões de segurança e qualidade.
Na Aero Engenharia, os pilotos de drone utilizam o equipamento para realizar serviços nas áreas de mineração, agricultura de precisão, energia renováveis, infraestrutura, planejamento urbano, meio ambiente e saúde pública. A empresa realiza o processo de identificação, controle e combate ao Aedes aegypti por meio de drones e tecnologia de ponta, além de gerar informações estratégicas por meio de Business Intelligence (BI), que são entregues aos gestores de saúde pública em uma plataforma SIG (Sistema de Informação Geográfica).
Denominada Techdengue, a solução possui tecnologia e metodologia exclusivas, atestadas em todo o território nacional. O processo envolve entrega de resultado ponta a ponta com identificação, qualificação e tratando dos possíveis focos de reprodução do mosquito.
Com a ampliação dos negócios, a empresa está com vagas abertas para o cargo de piloto de drone, que exige experiência com equipamentos da fabricante DJI e cadastro válido na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para operação de VANTs. O contratado será responsável por toda a operação, desde a obtenção das autorizações, elaboração de planos de voo, execução e cuidado dos equipamentos. Os salários variam de acordo com a experiência do candidato e a capacidade de responder a toda a operação.
Já na agricultura, ensaios técnicos realizados pela Embrapa Soja buscam respostas a dúvidas sobre como implementar a tecnologia em áreas extensas e adequar parâmetros de pulverização. De acordo com o pesquisador Rafael Moreira Soares, “os resultados preliminares mostram que o uso do drone pode ser tão eficaz no controle de plantas daninhas, insetos e doenças quanto as demais formas de pulverização, podendo apresentar vantagens na penetração dos produtos no dossel das plantas”.
Em publicação no portal da PwC Brasil, Soares relata que, em algumas culturas, a adaptação e os benefícios da pulverização com drone são obtidos. “É o caso da bananicultura, em que o controle da doença fúngica sigatoka amarela geralmente é feito com o uso de pulverizadores costais, com baixa eficiência e alto risco de contaminação do aplicador.” Ele ressalta que, nesse caso, a substituição pelo drone aumenta a eficiência da aplicação e a produtividade, com menor risco de contaminação humana. Segundo ele, outros exemplos bem-sucedidos podem ser vistos nos cultivos florestais e de café.
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