Um planejamento de obras tem como objetivo principal prever os riscos, inconformidades e os impactos positivos e negativos da construção de um projeto, seja para uma construtora ou para clientes diretos, de acordo com o especialista em gerenciamento e execução de obras Wasley Freire de Lima. “Gerenciar uma obra significa administrar simultaneamente o cumprimento do cronograma e a previsão financeira, gerindo profissionais com formações e comportamentos diversificados”, define, afirmando ainda que, caso isso não ocorra, poderá haver inúmeras perdas, tanto no aspecto financeiro quanto no emocional, comprometendo a qualidade e o tempo da obra.
Para Wasley, que também é engenheiro elétrico, tudo começa no nascimento do projeto, desde o estudo para a concepção da especificação técnica, do planejamento básico, dos projetos executivos, da realização da obra ou montagem, até a operação e manutenção. “Nesta fase, é possível levantar os potenciais imprevistos e torná-los utilizáveis na obra, além de verificar as possíveis lições aprendidas dos trabalhos anteriores.” O engenheiro completa dizendo que jamais será possível encontrar um projeto com situações perfeitas, terrenos perfeitos, água, energia, e principalmente pessoas para trabalhar na obra prontamente de acordo com o que é necessário.
O especialista explica que os projetos podem ser classificados em: Administrativos/Melhorias, que ocorrem frequentemente nas organizações; Novas Construções, em que geralmente baseiam-se em um planejamento de engenharia; Reformas, o qual consiste em desmontar e reconstruir uma instalação ou produto; T.I. – Tecnologia da Informação (Informática), para desenvolvimento de uma nova aplicação (Software) como também a aquisição, instalação e modificação de aplicações e estruturas (Hardware) existentes; Eventos; Instalação de Equipamentos; entre outros, como de reflorestamento.
Para todo e qualquer tipo de projeto, Wasley lembra que é preciso fazer uma programação com antecedência, possibilitando o planejamento adequado e considerando o grau de complexidade. “Os planos passam por uma avaliação, para entendermos esta complexidade, que pode ser baixa, média e alta em relação às características, como incertezas quanto ao escopo e à tecnologia e as pressões por escopo, prazo, custo e qualidade.”
Para finalizar, Wasley diz que a dica é buscar sempre o melhor, fazendo mais por menos e competindo em alto desempenho quando o assunto é gerenciamento de obras. “O bom planejamento de obras é importante para reduzir os custos e aumentar a qualidade, já que é possível, sim, ter uma construção enxuta, economizando sem perder o resultado esperado”.