Já é possível ver no horizonte o 5G e toda a transformação digital que ele provocará, mudando completamente a maneira de agir, de interagir, de trabalhar. O 5G potencializará a vida como um todo – velocidade, produtividade, eficiência, otimização. A digitalização estará presente em tudo, no âmbito pessoal e profissional. A internet das coisas deverá se aflorar em diversos setores da economia. Residências e prédios atingirão outro nível de inteligência. Distribuidoras elétricas, empresas de saneamento, data centers – os processos e os negócios não serão mais os mesmos. Empresas e fornecedores ficarão 100% conectados. Acontecerá a nova revolução industrial. Mas a dúvida é se o mundo empresarial está preparado para essa tecnologia. Infraestrutura. Essa é a palavra-chave. Para que as “coisas” de fato se conectem à internet, investir em infraestrutura é condição sine qua non. E isso precisa ser feito agora. As organizações devem apostar nas tecnologias digitais – nas suas telecomunicações, na sua logística, nas suas operações, no seu dia a dia. Quem não conectar suas infraestruturas já não terá como se ligar à cadeia de fornecimento global quando o 5G chegar.
O que fazer para chegar lá
A transformação digital muda tudo para uma companhia. Em última instância, será possível extrair e analisar dados, e decisões serão tomadas sem a interferência humana. Em linhas gerais, isso significa: sugestões de melhorias em eficiência operacional, redução de custos e consumos energéticos, até informações para manutenção preventiva e preditiva, tornando o ambiente realmente inteligente e completamente inserido na IoT. Antes dessa fase, entretanto, é preciso investir em edge control: softwares para supervisão e controle dos produtos conectados. E, assim, fazendo o caminho regressivo, chega-se ao primeiro passo dessa jornada obrigatória: tornar os produtos (ou as coisas) conectáveis. Ou seja, transformar o analógico em digital. Infraestrutura é a resposta.
Como o 5G impulsiona a transformação digital
Fato é que o 5G permitirá conectar “coisas” em níveis nunca antes possíveis. Uma fábrica, por exemplo, possui vários maquinários e precisa pagar um contrato de manutenção com uma empresa. Como está tudo conectado, é possível saber quais são os equipamentos que precisam de manutenção preventiva ou preditiva. Usando algoritmos de inteligência artificial, dá para evitar a quebra do ativo, realizando a troca de um componente antes da falha. E se falhar, o distribuidor pode adequar o estoque que está lá na ponta e colocar a equipe do parceiro para atender ao cliente de maneira muito mais rápida e mais efetiva em termos de custos.
No chão de fábrica, a gestão será muito mais eficiente. A gestão de energia da planta poderá ser realizada em tempo real, sem mais a necessidade de uma reunião para saber quantos quilowatts foram gastos. Esse dado já estará disponível, e os administradores poderão se comunicar com todos os setores da empresa de forma on-line para, juntos, tomarem as melhores decisões de negócios na mesma hora. Só que nada disso será possível se não houver um preparo prévio. Nada disso será possível se não houver investimento na base.
O capital necessário
O que os executivos precisam fazer hoje é: adquirir equipamentos possíveis de conexão. É fundamental pensar em infraestrutura conectável – não precisa estar conectada, mas, sim, deve ser conectável. E ser conectável não significa trocar o ativo. Em muitos casos, já existem soluções que possibilitam tornar um equipamento inteligente. Isso vale para residências, prédios, hospitais, indústrias.
A conclusão é esta: melhor investir em infraestrutura agora, antes que seja tarde demais. Até porque, quem não faz isso acaba vendo a concorrência fazer.
Por Cristiano dos Anjos, vice-presidente para América do Sul da Schneider Electric.
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