Somente este ano, 4 milhões de internautas consumidores fizeram sua primeira compra pela internet.
As compras pela internet passam a ter suma importância na vida do consumidor
moderno e crescem a cada ano que se segue. A estimativa mais pessimista do
mercado é que o comércio eletrônico fature algo em torno de R$ 19 bilhões em
2011, contra os R$ 14,8 bilhões registrados em 2010. Os dados são da Empresa
de Inteligência e Comércio eletrônico (Ebit) que durante um evento promovido
pela Fecomercio, em São Paulo, constatou que os líderes de vendas na
internet são os eletrodomésticos, seguido pelas áreas da informática, saúde,
beleza, medicamentos, livros, assinaturas de revistas e eletrônicos.
O comércio evoluiu do mascate ou vendedor viajante para o internauta. Hoje a
venda sem internet é cada vez mais desatualizada, ultrapassada e até mesmo
inacreditável. A loja que não se foca na vida virtual perde autenticidade,
identidade e muitas vezes credibilidade, perante a pessoa que procura na web
e não encontra resultados. É fácil desconfiarem de uma empresa sem endereço
online, pois antes de fechar qualquer negócio se tornou praxe a consulta na
internet. Hoje o e-commerce virou símbolo de modernidade, um negócio que
visa sempre o futuro e não se mantém parado. É sinônimo de empresa que busca
desenvolvimento e investimentos.
O Brasil é o 5º maior país com número de usuários navegando na web, cerca de
81 milhões. Somente este ano, 4 milhões de internautas consumidores fizeram
sua primeira compra pela internet, sendo 2,4 milhões da classe C. Na maioria
das vezes, os produtos são mais baratos, com a mesma qualidade da loja
física e ainda conta com a comodidade de não sair de casa. É necessário que
o empresário entre no jogo do e-commerce para não perder o cliente que o
está buscando. É inaceitável, dando um pequeno exemplo, o consumidor ter que
procurar o campo de busca do site, pois ela deve estar em ótima localização
e em destaque.
Mas há, entre essas regras, mais algumas que devem ser levadas em
consideração, tal como o respeito ao cliente-internauta, e não subestimar a
sua inteligência. A loja virtual responsável pelas suas redes sociais se
tornam vítimas destas próprias ferramentas quando o consumidor as usa para
demonstrar a revolta com o produto e o atendimento online. Só sobreviverá no
e-commerce o empresário que entende como usar a velocidade da internet para
satisfazer e ganhar a confiança do internauta.
A Fercomercio ressaltou ainda que a satisfação destes consumidores virtuais
é, de uma forma geral, muito grande e está relacionada ao prazo de entrega
do produto, principalmente no período do final do ano. A preocupação reside
no aumento da demanda, sugerindo que o internauta antecipe sua compra e não
deixe para a última hora, ainda mais aqueles que não moram em grandes
centros urbanos e comerciais.
Por isso, há uma necessidade iminente de que as empresas atentam ao
planejamento comercial e logística, adequando sua capacidade de absorver
esta demanda do mercado que cresce exponencialmente. O motivo, tanto para o
grande sucesso como para o rápido fracasso, consiste na preparação do
empresário bem assessorado e pronto para enfrentar esta Revolução Comercial.
O comércio eletrônico é uma realidade mundial que foge a qualquer regra do
mercado já vista até o momento.
A mentalidade do comerciante à moda antiga não cabe a esta nova modalidade
comercial. Nasce uma nova espécie de ser humano, o Homo Web,
consequentemente, sobreviverá o Web Empresário. Boa Web compras a todos!
Artigo de:
Arnaldo Korn, diretor presidente do portal Pagamento Já (pagamentoja.com.br)