O surgimento da Covid-19 no Brasil evidenciou ainda mais a enorme discrepância entre as diferentes realidades sociais que existem no país, principalmente no que se refere à segurança alimentar e nutricional, onde a situação de insegurança alimentar já atinge mais da metade das famílias brasileiras.
Conforme as definições do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a insegurança alimentar é caracterizada por três níveis, sendo o leve, o moderado e o grave, que é onde há uma “redução quantitativa de alimentos também entre as crianças, ou seja, ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre todos os moradores, incluindo as crianças”, tornando-se a fome uma experiência viva naquele lar.
No final do ano de 2020, foi realizado um estudo nomeado de “efeitos da pandemia na alimentação e na situação da segurança alimentar no Brasil”, dirigido por um grupo de pesquisadores da Universidade Livre de Berlim, na Alemanha, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais e a Universidade de Brasília, onde os dados obtidos apontaram que a privação de alimentos e a fome impactavam gravemente em 15% dos lares brasileiros.
O estudo também mostrou que houve uma queda no acesso da população brasileira a alimentos importantes para se manter uma dieta regular, sendo que houve uma redução preocupante de 44% no consumo de carnes, 41% no consumo de frutas e 37% no consumo de hortaliças e legumes.
De forma geral, o estudo conclui que as instabilidades socioeconômicas foram agravadas pela pandemia, aumentando as desigualdades alimentares, especialmente no acesso a alimentos saudáveis de forma regular e em quantidade e qualidade suficientes, ocasionando assim em 126 milhões de brasileiros em situação de insegurança alimentar.
Desde o início da pandemia, inúmeras empresas privadas estão cada vez mais tentando entender como ajudar não só no combate à Covid-19, mas na sociedade em geral e com isso, realizando ações de solidariedade empresarial em prol de contribuir no enfrentamento desse momento de instabilidade econômica. Entre as ações realizadas pode-se destacar a concretização de parcerias público-privadas, doações de valores, roupas, cestas básicas, itens de higiene, equipamentos hospitalares, máscaras de proteção, álcool em gel e cilindros de oxigênio.
Hoje em dia com a realidade virtual, surgiram também movimentos de combate à fome, as vaquinhas, entre outras ações. Recentemente, a LPC (Life Protection Coin), criptomoeda operante nos termos da Instrução Normativa nº 1.888 de 3 de maio de 2019, compatível com as normas da Receita Federal para tributação e declaração, assim como pela justiça brasileira sob a ótica de bens e direitos, também teve uma iniciativa para contribuir nessa fase de tantas incertezas. “A cada novo investimento realizado na LPC, no valor mínimo permitido no momento, automaticamente será doado uma cesta básica para uma família em vulnerabilidade social e insegurança alimentar”, afirma Éder de Oliveira, CEO do projeto.
A aquisição e distribuição dos mantimentos inicialmente será realizada através da CVS, que atualmente mantém mais de 50 ONGs cadastradas para receber as doações.
Ações de solidariedade têm se mostrado altamente efetivas para ajudar a evitar um colapso econômico, bem como, amenizam os impactos da necessidade de isolamento social sobre a renda das famílias e dos negócios.
Website: http://lpcoin.com.br/