O Projeto Amazônia Conectada levará internet banda larga via fibra ótica submersa nos leitos dos rios a 50 municípios do estado, o foco da operação é principalmente nas áreas de segurança, saúde e educação.
Sob coordenação do Ministério da Defesa, o projeto reúne esforços também do Ministério das Comunicações e da Ciência, Tecnologia e Inovação, deixando a cargo do Exército Brasileiro, a implantação da infraestrutura.
A exemplo do que já operam os cabos de fibra ótica submarinos, na costa brasileira, interligando o país ao resto do planeta, os cabos subfluviais utilizam tecnologia parecida, por se tratar de fibra ótica envolta a camadas de proteção contra rompimentos e água, mas com o atenuante dos efeitos das marés e da profundidade, visto que nos rios, essas características são muito mais brandas do que em mar aberto.
Os benefícios são inúmeros, devido aos desafios logísticos, fazer a informação chegar a lugares remotos via fibra ótica, significará um avanço notável; na área da saúde por exemplo, um caso de emergência onde o paciente precisaria ser transportado a Manaus por conta de acesso à especialistas e essa viagem poderia comprometer a integridade do paciente, a telemedicina fará com que o mesmo seja atendido no local da intercorrência, minimizando custos, otimizando tempo e principalmente salvaguardando a vida.
Na área de educação a conectividade também é fundamental, a exemplo dos tempos atuais de pandemia, onde o ensino a distância tomou lugar do presencial, os programas de educação poderão contar com esse recurso e todo acesso a conteúdos disponíveis em qualquer lugar do mundo, que gerará intercâmbio de conhecimento e colocará essa parcela da população no mesmo nível de acesso de áreas mais desenvolvidas.
Já na área da defesa, de acordo com a ASCOM (Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Defesa), o intercâmbio de informações rápidas entre as unidades do Exército, Marinha e Aeronáutica é uma necessidade iminente e precisava ser suprida.
O empresário manauara José de Moura Teixeira Lopes Junior vê com grande entusiasmo a implantação da segunda fase do projeto, Moura Junior, entre outras atividades, atua na área de telecomunicações e afirma que “levar informação para toda aquela gente, é um grande salto na formação de uma juventude que vive uma realidade muito diferente dos jovens das grandes capitais, o povo do Amazonas precisa de infraestrutura e acesso ao conhecimento, além de investimentos em diversas áreas”, Mourinha, como o empresário é conhecido na região ainda ressalta que “as pessoas do Amazonas já enfrentam tantas dificuldades pelos desafios geográficos em si, inserí-las nesse contexto digital, certamente trará benefícios em diversas áreas”.
O General de Exército Décio Luís Schons, chefe do departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, destaca ainda que “o projeto é um exemplo muito bom de como uma iniciativa que visa às ações de defesa da Marinha, Exército e Aeronáutica pode transbordar para o uso civil, em proveito da sociedade em geral”,
Tão importante quanto a informação que circulará de maneira mais rápida nessas cidades e vilarejos, é enfatizar que os impactos ambientais dessa implementação são zero, uma vez que os cabos são instalados nos leitos dos rios, de forma a não interferir em absolutamente nada no bioma, como seriam as instalações de postes, torres de transmissão ou mesmo subterrâneas, onde intervenções na natureza seriam necessárias.