A IBM colocou para trabalhar na luta contra o câncer seu supercomputador Watson, no que descreveu como o primeiro programa comercial deste tipo a usar “dados maciços” com o objetivo de ajudar pacientes que sofrem da doença.
A gigante americana da informática revelou a iniciativa na semana passada, juntamente com a seguradora WellPoint e o centro de tratamento do câncer Memorial Sloan-Kettering, de Nova York.
O supercomputador peneirou 600 mil amostras médicas, além de 2 milhões de páginas de 42 publicações médicas e testes clínicos de pesquisas oncológicas.
Isto pode acelerar a forma como os dados são analisados, para se realizar um melhor diagnóstico e tratamento”, explicou Craigh Thomson, presidente do centro Sloan-Kettering.
“Podem se passar anos até que as últimas novidades em oncologia alcancem todos os centros de saúde”, assinalou. “A combinação de tecnologias transformadoras encontradas no Watson com nossas análises sobre o câncer e o processo de tomada de decisões tem o potencial de revolucionar o acesso à informação para o tratamento do câncer em comunidades de todo o país e do mundo.”
A IBM anunciou pela primeira vez seu projeto de trabalhar com a WellPoint em 2011, e, no ano passado, começou a receber dados deste centro de pesquisas nova-iorquino especializado na doença.
A primeira aplicação trabalhará com 1.500 casos de câncer de pulmão, para os quais médicos e analistas treinam Watson para extrair e interpretar notas físicas, resultados de laboratório e pesquisas clínicas.
O Maine Center for Cancer Medicine e o Westmed Medical Group são os dois centros que irão testar o serviço e repassar sua avaliação a WellPoint, IBM e Memorial Sloan-Kettering.
“O trabalho da IBM com a WellPoint e o Memorial Sloan-Kettering representa um marco em como a tecnologia e medicina baseada em evidências podem transformar a forma como se pratica o atendimento médico”, disse Manoj Saxena, da IBM.
“Estas capacidades inovadoras são as primeiras de uma série de tecnologias baseadas no Watson, que exemplificam o valor de se aplicar dados em massa e análises à computação cognitiva, para se enfrentar os maiores desafios da indústria.”
O programa é comercializado com o nome Interactive Care Insights for Oncology.
Por colaboração Editorial: AFP – Agence France-Presse