Google demite funcionário que escreveu manifesto machista.
Para executivo-chefe, dizer que as mulheres são inferiores viola código de conduta da empresa.
Sundar Pichai enviou uma mensagem a toda a empresa.
O executivo-chefe do Google considera que o manifesto publicado por um de seus funcionários viola o código de conduta da companhia.
Para ele, manifestar que as mulheres são biologicamente inferiores, e que por isso não crescem profissionalmente, é algo inaceitável.
“Ele ultrapassou um limite ao dar guarida a estereótipos de gênero em nosso espaço de trabalho”, afirma o diretor.
“Sugerir que um grupo de colegas tem traços que o tornam biologicamente menos preparado para um emprego é ofensivo e não é bom”, afirmou Pichai.
O Google não diz abertamente, mas o email enviado a toda a empresa dá a entender que o autor do manifesto não continuará como funcionário.
O departamento de comunicação também não confirma, mas salienta que a demissão é prática habitual quando o código de conduta é desrespeitado.
Vários colegas confirmam a saída do engenheiro.
Imediatamente após a divulgação da demissão do engenheiro o fundador do WikiLeaks Julian Assange;
Falou que ‘censura é para perdedores’ e propôs contratá-lo.
Julian Assange, fundador do WikiLeaks, anunciou nesta segunda-feira (8) que está disposto a oferecer um emprego ao engenheiro demitido pelo Google após ter distribuído dentro da empresa um documento em que afirmava que características biológicas impediam mulheres de ocupar posições de liderança.
Ele também criticava as políticas de diversidade da empresa.
O engenheiro de software sênior James Damore confirmou à agência de notícias da Bloomberg que foi demitido por;
“perpetuar estereótipos de gênero”.
Na carta de 3 mil palavras, o ex-funcionário afirma que:
“As opções e as capacidades de homens e mulheres divergem, em grande parte devido a causas biológicas;
E estas diferenças podem explicar por quê não existe uma representação igual de mulheres (em posições) de liderança”.
Polêmico, Assange está recolhido à embaixada do Equador em Londres há cinco anos para evitar ser preso pela polícia britânica;
No início, ele podia ser extraditado para a Suécia;
Onde era alvo de uma acusação de estupro, retirada em maio deste ano ainda assim;
Há um mandado de prisão contra ele.