A educação financeira é um processo de aprendizagem que pode transformar os hábitos dos consumidores brasileiros e a forma como eles lidam com o dinheiro. Porém, para entender a real importância desse tema, é necessário levar em consideração alguns dados.
De acordo com a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), 56% das famílias estão endividadas. Além disso, 58 milhões de pessoas estão negativadas no Brasil, segundo um estudo realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).
Tais informações podem parecer resultados da atual situação econômica na qual o Brasil se encontra, no entanto, nos anos passados, quando a economia estava mais equilibrada, o índice de endividamento também era alto, com uma média de 60,7% entre 2010 e 2011.
Sendo assim, o que esses dados realmente mostram é que a educação financeira no país está escassa, resultando em grandes prejuízos na vida dos consumidores brasileiros.
Diante desse cenário, uma fintech do interior de São Paulo, a Foregon, realizou uma série de lives para seu Instagram com conteúdos sobre o universo financeiro, com o objetivo de educar seus usuários. Nos vídeos, é possível encontrar assuntos sobre economia, planejamento financeiro, investimentos e, até mesmo, dicas para conseguir crédito no mercado.
Para reafirmar a importância desse tema na atualidade, uma pesquisa realizada, um pouco antes da pandemia, pela Anbima e Folha de São Paulo, mostrou que apenas 38% das pessoas das classes A, B e C criaram algum tipo de reserva em 2019.
Se for considerado que as pessoas das classes D e E não construíram reserva, pode-se afirmar que aproximadamente 70% da população não teve condições de criar nenhuma reserva financeira para o período da pandemia em 2020.
Apesar do cenário preocupante, um levantamento feito pelo Instituto Locomotiva mostrou que os impactos sociais e econômicos da pandemia trouxeram mudanças no comportamento financeiro das pessoas. 47% dos entrevistados afirmaram que passaram a fazer mais planos para o futuro devido à crise, e 90% admitiram ter necessidade de educação financeira.
Portanto, é fato: as pessoas que estudam sobre o universo do dinheiro não aprendem somente a controlar, poupar ou investir seus recursos – elas também passam a prever os riscos e se conscientizam de que são responsáveis por suas vidas financeiras, o que implica escolhas, tomadas de decisões e consequências.
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