As mudanças abruptas pelas quais tem passado o mundo estão levando as empresas a se reinventarem. Segundo o estudo “Digitalização, resiliência e continuidade dos negócios: o que aprendemos com a pandemia de covid-19” realizado pela Cisco em parceria com a Delloite, que avaliou os impactos da pandemia em quatro setores (saúde, educação, justiça e governo), com o objetivo de descobrir como o uso de tecnologias propiciou a continuidade das operações no Brasil durante esse período, a crise do Covid-19 ajudou a impulsionar a digitalização no país. A pesquisa apontou setores como os de educação a distância, telemedicina e governança digital como alguns dos destaques.
De acordo com outro levantamento feito pela consultoria de recrutamento Robert Half com cerca de 1.500 executivos, 41% dos gestores entrevistados estão focados na transformação digital de suas empresas. Um exemplo de companhia que seguiu esse caminho é a Credit Brasil.
A companhia, que atua desde 1996 no mercado de direitos creditórios e é responsável por um volume de crédito anual de R$ 1,9 bilhão, sentiu que era o momento de ir além: “A redução dos juros criou um novo cenário, por conta dos baixos rendimentos. Nós olhamos para dentro e percebemos que era necessário reinventar o negócio, criar empresas e produtos”, explica Gustavo Catenacci, CEO do grupo Credit Brasil.
E o processo foi muito além da reestruturação da área comercial (que com as inovações teve uma redução de custos da ordem de 70%). “Éramos uma empresa monoproduto. Para mudar isso era necessário investir em tecnologia. Surgiu um grupo mais eficiente e tecnológico”, conta o executivo.
Nesse processo, que estava previsto para até o final do primeiro semestre de 2021 e que foi antecipado por conta da pandemia, também houve uma mudança de cultura. A empresa aprimorou a avaliação de desempenho, estabeleceu metas, otimizou os processos. “Agora temos um espírito mais de startup, criativo, rápido. Surfamos uma onda durante 25 anos que não existe mais. Por conta disso, foi necessário ter novas empresas e produtos”, ressalta Catenacci.
Surgem, então, novos produtos com um mercado potencial muito mais abrangente. Entre outras coisas, o grupo oferecerá às pequenas empresas a chance de terem seu setor de análise de crédito automatizado. “São 24 anos de know-how na área, que agora estamos oferecendo a elas”, afirma o executivo.
As duas novas empresas que surgem a partir da Credit são a gestora CB Partners (que vai operar com estruturação de fundos, venda de cotas de fundos e de debêntures), e a startup CB Consult, com a oferta de antecipação de recebíveis somada à disponibilização de inteligência de crédito.
Website: https://www.creditbr.com.br/