As indústrias e os serviços de varejo estão atingindo níveis inéditos de digitalização para ganhar competitividade. Uma pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria), que ouviu cerca de 500 empresas, revela que 54% das que adotaram de uma a três tecnologias digitais na produção registram hoje um lucro maior que no período pré-pandemia. Esse resultado está 7% acima do registrado pela indústria analógica.
Sendo que 30% delas ampliaram o quadro de funcionários e, em 37% dessas, foi registrada a adoção de robótica avançada, aponta a pesquisa. Outro resultado de destaque diz respeito à inovação. No grupo de indústrias que incorporaram quatro ou mais tecnologias em seu processo produtivo, 71% delas afirmaram terem inovado na pandemia. Já esse resultado foi bem menor, 37%, entre as empresas que não adotaram tecnologias digitais na produção. As que mais inovaram na pandemia estão entre as que adotaram big data (75%) e inteligência artificial (72%).
A internet das coisas também faz parte das tecnologias que estão contribuindo para deixar as empresas mais resilientes à crise. Hoje, sensores IoT conectados em máquinas e motores elétricos, ou em ambientes, são capazes de monitorar temperatura, vibração, luminosidade, e encontrar problemas produtivos, alertando os gestores de manutenção antes que a produção precise ser paralisada. O disparo de alarmes, insights e indicadores por BI para as empresas já acontece em tempo real por e-mail e via Telegram, por exemplo.
As tecnologias 4.0 também ajudam empresas a controlar cargas e picos de energia, por exemplo, algo tão importante quanto monitorar os níveis de reservatórios de água. Esse monitoramento contínuo, automatizado, com todos os dados sobre o consumo da companhia, evita ultrapassagens de demandas contratadas e previne vazamentos, proporcionando uma maior economia nas contas no fim do mês.
Daniel Vilas, diretor geral da Solvian, empresa de soluções para monitoramento, gestão de operações e utilities (água, energia, gás), explica que os alertas de seus dispositivos próprios têm até 90% de efetividade na identificação de falhas. Para citar um exemplo, a economia gerada pode chegar a R$ 250.000 para uma empresa que tem máquinas que operam 10 horas por dia, capazes de produzir R$ 5.000/hora, se for evitado que fiquem paralisadas por 05 dias. As empresas pagam uma mensalidade para poder usar o software de análise preditiva. Em média, o preço é acessível e se paga em alguns meses.
O Aeroporto de Guarulhos é um exemplo que investiu em soluções tecnológicas 4.0. Segundo o GRU Airport, o monitoramento de esteiras de bagagem, escadas rolantes e elevadores acontece durante 24 horas por dia para evitar falhas nos sistemas. Em caso de algum incidente, alarmes são disparados aos responsáveis, para que seja feita a manutenção imediata. Com isso, o maior aeroporto da América do Sul conseguiu uma redução significativa no tempo de manutenção dos equipamentos, além de garantir qualidade de atendimento ao cliente e evitar multas.
A pesquisa da CNI também indica que as perspectivas para o próximo ano são mais promissoras para as empresas inovadoras. Para 63% dos executivos, a receita deve aumentar no ano que vem, um resultado quatro pontos porcentuais maior (59%) em relação às indústrias que não adotaram nenhuma tecnologia digital.
“Nos últimos dois anos, manutenção preditiva começou a ser vista como vantagem competitiva. As empresas passaram a entender que utilizar IoT com inteligência artificial, integração de processos, é fundamental para a tomada de decisões mais rápidas e assertivas de negócios”, afirma Daniel Vilas, diretor geral da Solvian.
Vilas diz ainda que edifícios, lajes corporativas, aeroportos, shoppings, data centers, grandes lojas de varejo, bancos, telecom, saúde hospitalar, são exemplos de áreas que estão se beneficiando dessas tecnologias. “Softwares inteligentes, 100% web e mobile, com BI integrado, como os oferecidos pela Solvian, podem também otimizar a programação de ordens de serviço, a gestão de equipes, de nível de serviço, a gestão de inventários, permitindo o gerenciamento automatizado desses ativos, o que reduz o gasto das empresas”.
Vale lembrar que o mercado não quer e não pode gastar muito tempo entre detectar um problema e resolvê-lo. “Em diversos setores, a tomada de decisão rápida depende do acesso aos dados em tempo real”, conclui Daniel Vilas, diretor geral da Solvian, unidade de tecnologia do Grupo ATMA – holding que administra a LIQ (contact center) e a Elfe (Manutenção industrial) – que emprega mais de 25 mil funcionários.
Website: https://www.solviantecnologia.com/