Ano após ano, novas práticas pedagógicas e maneiras de estabelecer o relacionamento entre alunos e professores, de modo a otimizar o aprendizado de estudantes das mais diversas faixas etárias, têm gerado grande debate na sociedade. Nesse sentido, ganhou força nas últimas décadas a necessidade de reconfigurar a sala de aula com uma estrutura mais flexível e com o mobiliário escolar disposto de maneira a proporcionar metodologias ativas de aprendizagem e ambientes mais colaborativos.
Um espaço de aprendizagem que seja seguro, saudável e atrativo passa, necessariamente, por uma disposição dos móveis escolares que permita que professores e alunos estabeleçam uma relação de troca. Além disso, o design e ergonomia das carteiras escolares e universitárias são de extrema importância para que o aluno possa ter uma melhor concentração e, consequentemente, um aprendizado mais efetivo.
Entre os exemplos de móveis que se encaixam nesse novo ambiente escolar mais flexível, estão as mesas multiuso, que permitem que os alunos possam ficar ora sentados, ora em pé; e os móveis com rodízios, que permitem uma movimentação rápida e silenciosa.
Ainda, algumas das possibilidades do uso do espaço de sala de aula que podem contribuir para as novas práticas didáticas são a utilização de um grande círculo de cadeiras para debates; a configuração de grupos menores para discussões temáticas; e conversas exclusivas de alunos com o professor. Nesse sentido, móveis leves e fáceis de transportar têm vantagem em comparação com os tradicionais, mais pesados e estáticos.
“Para as escolas e universidades, o uso de mobiliário adequado para metodologias ativas proporciona uma maior satisfação e motivação dos alunos com o ambiente da sala de aula”, afirma Diogo Lage Souza, diretor de design da Habto, empresa fabricante de mobiliário escolar. “Tal adoção permite, além de tudo, uma melhoria na percepção dos pais e alunos em relação à instituição, aumentando a atração e retenção de estudantes”.
Considerando que em cada idade o aluno tem uma capacidade diferente de se concentrar sentado por um período, recomenda-se que, de acordo com uma cartilha elaborada pelo Instituto Federal para o Desenvolvimento da Postura e Exercício de Wiesbaden, na Alemanha, o dia escolar seja dividido da seguinte forma: 50% sentado, 30% em pé e 20% com o aprendizado em movimento.
No que tange à configuração das escolas e às dinâmicas das aulas, especialistas da área apontam a valorização de espaços alternativos de aprendizagens, como salas maker, espaços esportivos, corredores e áreas ao ar livre. Estes espaços seriam locais de “democratização de ideias”, em que os alunos pudessem discutir e aprofundar ideias referentes aos conteúdos debatidos durante as aulas.
A utilização de mobiliários mais flexíveis, assim, permite que os alunos possam permanecer concentrados e motivados por mais tempo; tenham mais qualidade de vida, visto que a ergonomia correta proporcionará menos problemas de saúde e mais bem-estar físico; e maior criatividade no desenvolvimento da atividades escolares, já que a maior utilização dos espaços de sala de aula possibilitará mais estímulos de aprendizado.
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