O termo robótica foi popularizado com o livro “Eu Robô” (1951), do autor Isaac Asimov, posteriormente transformado em filme nos anos 2000. O avanço tecnológico traz impactos também na sala de aula e o emprego desses recursos é cada vez mais recorrente, dado o contexto de pandemia. Com sede no Paraná, a Edubot atua com a produção e o fornecimento de material técnico específico para escolas públicas e privadas, além do treinamento e capacitação do corpo docente. A rede acaba de inaugurar 20 laboratórios dessa disciplina em escolas municipais de Cascavel, possui outros municípios com projetos semelhantes em conclusão e, em julho, lança a plataforma do Sistema Edubot para suporte aos alunos, professores, pais e gestores.
A educação dessa disciplina nas escolas – seja no cronograma formal ou no contraturno – é de suma importância na capacitação de estudantes que se interessem pelas áreas de engenharia, ciências da computação e tecnologia da informação. “Entendemos a importância da Robótica e estamos com vários projetos paralelos em andamento. Todas nossas ações se dão em conformidade com a BNCC – Base Nacional Comum Curricular”, afirma Jocemar do Nascimento, cofundador e diretor pedagógico da Edubot.
Os laboratórios de Cascavel foram entregues recentemente e já têm recebido visitas de gestores e secretários de outras cidades, que estão em negociação para replicação do modelo em seus municípios. A empresa estrutura seu próximo planejamento estratégico (julho 2021-julho 2022). E já no meio deste ano, coloca em prática o Sistema Edubot, uma ferramenta hospedada na nuvem, que fornece relatórios, dashboards, avaliações de desempenho e mensuração das atividades com foco em três públicos: aluno, professor e gestor escolar.
Novos modelos x pandemia
A Edubot entende os desafios do contexto atual, oferecendo suporte às escolas com conteúdo na plataforma online e na formação aos times docentes para preparar e proferir aulas à distância via plataformas de aprendizagem. As ferramentas presentes no laboratório e o material didático contemplam atividades que podem ser realizadas remotamente com todo o apoio necessário para o melhor aproveitamento dos recursos públicos.
Conteúdo prático e autoral
No portfólio de serviços disponíveis, a startup oferece, em parceria com a E.Tech Brasil, todos os equipamentos necessários para a aplicação do conteúdo escolhido, como cortadora a laser, impressora tridimensional, kits de Robótica e de eletrônica pedagógica. Além disso, a empresa produz material didático próprio, incluindo os livros para os professores, com suporte em pensamento computacional, matemática das estruturas e demais fundamentações teóricas, e os cadernos de atividades para os estudantes que cobrem 38 semanas de aulas planejadas para cada uma das séries.
“Nosso intuito é auxiliar alunos e professores na jornada da cultura digital, tornando-a mais acessível para todos. É possível descobrir um novo talento com a mão na massa e, mais do que isso, apaixonar-se por essa disciplina que envolve robótica, pensamento computacional, conhecimentos de eletricidade e eletrônica”, afirma Nascimento.
O material desenvolvido pela startup funciona em conformidade com a BNCC (Base Nacional Comum Curricular), no que tange a Competência Geral 05 – A Cultura digital, e opera um modelo baseado na Espiral da Aprendizagem Criativa, desenvolvido pelo Professor Mitchel Resnick do Massachusetts Institute of Technology (MIT), promovendo um ensino “mão na massa”, dinâmico e ativo. Em sua metodologia, a Edubot propõe os módulos temáticos de: pensamento computacional, conceitos de eletrônica e eletricidade, estruturas, robótica educacional e educação empreendedora, todos subsidiados e mediados por metodologias ativas de ensino e aprendizagem.
Robótica educacional em sala de aula
Essa ciência estuda a construção de objetos, como robôs e demais dispositivos que tornam a vida mais funcional. Os ambientes de aprendizagem reúnem materiais não estruturados e kits de montagem, com peças, motores, sensores, todos eles controlados por uma placa com software permitindo programar o funcionamento. Logo, o aluno desenvolve criatividade e lógica com a estruturação de seu próprio projeto, combinando teoria e prática.
Mercado de trabalho
As oportunidades profissionais são amplas e aqueles que se dão bem com esse maquinário vão das engenharias mais tradicionais, como elétrica e de software, às ciências da computação, passando pela tecnologia da informação e até mesmo pelo design gráfico. Engana-se quem acha esse ofício é meramente prático: há oportunidades inclusive para quem deseja se enveredar pela vida acadêmica com pesquisa, docência e produção científica.
Adaptação etária
Considerando que essa disciplina inclui especificidades técnicas, a Edubot teve um olhar zeloso ao adequar o aparato tecnológico às respectivas idades. “Tomamos o cuidado para que todas as ferramentas fossem adaptadas para as crianças, oferecendo usabilidade e seguranças no manuseio. O projeto nasceu quando eu era professor de informática e notei que, devido à carência de um conteúdo específico e sistematizado, era preciso muita boa vontade do corpo docente para ensinar essa parte mais tecnológica aos alunos”, acrescenta Nascimento.
Website: http://www.edubot.com.br