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E-commerce na China tem um crescimento exponencial

por Paulo Fernandes Maciel

O Gigantesco Crescimento do E-commerce na China

Com uma população de 1,4 bilhão de pessoas, o país mais populoso do mundo possui 989 milhões de usuários conectados à internet. Apenas nos primeiros quatro meses de 2021, as vendas do varejo aumentaram 27,6% em comparação com 2020, de acordo com portal de notícias Global Times mas o nšumero do E-commerce na China še bem maior.

Segundo o portal Statisa, prevê-se um crescimento de mais de 1,5 bilhão de dólares no faturamento do e-commerce na China até 2025. Por conta desses números, empresas de todo o mundo têm desenvolvido novas estratégias de comércio eletrônico com a intenção de adentrar o enorme mercado chinês.

Jack Ma dono da Alibaba
Jaqck Ma – proprietário do Alibabá

E-commerce na China possui operadores de peso

Gigantes do comércio eletrônico, o Grupo Alibaba, Tecent e JD, vêm dominando o ecossistema de comércio virtual ou o E-commerce na China e em plena expansão. Além disso, os consumidores chineses têm se mostrado à vontade com os smartphones – até mesmo os usuários chineses de mais idade se sentem cada vez mais confortáveis com as compras via celular.

O rápido desenvolvimento do comércio eletrônico chinês, associado a uma ampla e crescente base de consumidores, tem dado vazão a um tremendo crescimento, tanto local quanto transfronteiriço. O surgimento do e-commerce tem dado, aos consumidores chineses, uma plataforma sem precedentes para comprar com comodidade, melhores preços, produtos de maior qualidade, e um infindável leque de possibilidades à disposição do usuário.

E-commerce na China

Segurança do consumidor

A segurança do consumidor tem sido também uma diretriz importante a guiar as decisões de compra dos chineses. A fim de evitar o risco de compra de, por exemplo, produtos de beleza falsificados, de leite em pó contaminado e de itens farmacêuticos adulterados, os consumidores chineses têm se voltado cada vez mais ao comércio eletrônico internacional.

Os chineses já percebem o fato de que os varejistas norte-americanos muitas vezes oferecem produtos de melhor qualidade por um preço menor. Junto a essa percepção, também surge o desejo chinês por produtos de melhor qualidade em diversos setores, de vestuário a cosméticos. 

Os 7 Passos para Adentrar no E-commerce na China ou no Comércio Eletrônico Chinês

Aproveitar todo esse potencial exige preparo. Veja, abaixo, os principais eixos a considerar ao desenvolver uma estratégia de e-commerce destinada ao mercado chinês.

1 – Certifique-se de que o mercado chinês está pronto para o seu produto

Os consumidores chineses gostam de importados premium – de itens de luxo a moda; de produtos de beleza a cuidados com a pele; de eletrônicos a nutrição. Escolha com cuidado o que pretende vender na China, sempre tendo em mente o desejo do público-alvo. Prevê-se que o valor de mercado do setor de cosméticos chinês alcance o valor de 87 bilhões de dólares até 2025.

2 – Escolha a plataforma de vendas certa

Na China, as marcas têm, à disposição, uma ampla variedade de plataformas para promover seus produtos e serviços. Os marketplaces mais utilizados pelos vendedores são os portais Alibaba, JD e NetEase Kaola. Além disso, plataformas como Wihup vêm conquistando espaço no anúncio de produtos e serviços, não só na China, mas também no Brasil.

3 – Decida onde hospedar a sua plataforma de E-commerce na China

Caso você decida estabelecer sua própria plataforma de comércio eletrônico na China, o lugar onde você hospeda seu site é crucial. Plataformas hospedadas em servidores fora da China não desfrutam da mesma performance dos sites hospedados na China. Além disso, para operar na China sem correr o risco de ter sua plataforma bloqueada pelos órgãos reguladores, é preciso seguir requisitos como o “ICP Filing” e o “Commercial ICP License”.

4 – Adote uma estratégia mobile desde o início

Ter uma plataforma 100% adaptada à versão mobile é crucial no mundo. Na China, 75% dos usuários utilizam o celular para fazer compras virtuais. Não se trata apenas de ter um site adaptado aos smartphones; trata-se de desenhar uma experiência para o usuário que seja limpa, clara e personalizada – por meio de um app, por exemplo.

5 – Ofereça os métodos de pagamento que os chineses usam de fato

A China está se tornando rapidamente uma sociedade de transações digitais e com cada vez menos dinheiro em espécie. Ao desenhar sua experiência de compra, ofereça os métodos de pagamento usados por 94% dos chineses nas transações virtuais: Alipay e WeChat Pay. Empresas como a Citcon facilitam esse processo aos oferecer os métodos chineses de pagamento às empresas de outros países.

6 – Aprenda a promover seus produtos e serviços na China

O uso de smartphones na China é tão elevado, que o número de horas no celular já ultrapassa o tempo gasto vendo televisão. Ao criar amplas campanhas de anúncios tendo em vista o mercado chinês, considere as redes sociais WeChat, Weibo, QQ, Douyin,(conhecido no Brasil como TikTok), Little Red Book, além de influenciadores locais.

7 – Familiarize-se com a legislação de comércio eletrônico na China

É fundamental buscar informações aprofundadas a respeito as leis chinesas que tratam do comércio eletrônico. Esse conhecimento encurtará o tempo de operação do seu e-commerce e lhe trará a tranquilidade de estar atuando em conformidade com a legislação local. A fim de ter um desembaraço aduaneiro, é crucial contar com todos os documentos de embarque, como a invoice, a lista de embalagem, o seguro e as informações do frete.

O desafio de atender aos consumidores de um país gigantesco como a China, como se nota, é enorme. Ao seguir uma estratégia de internacionalização adequada, reduzem-se os riscos. No entanto, também crescem, de forma exponencial, as oportunidades e as recompensas para os brasileiros que se lançam no comércio eletrônico chinês.

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