O comércio eletrônico de moda feminina bateu a marca de 1,51 bilhões de acessos e avançou 52% entre 2020 e 2021. É o que mostra a edição de abril do último ano do “Relatório e-commerce no Brasil”, realizado pela consultoria de performance e SEO Conversion. O balanço também identificou um avanço de 10% na comparação mês a mês e 63,18% ano a ano.
A pesquisa expõe um quadro dos principais destaques da indústria e do comércio no país, com base em 15 categorias de consumo em 217 lojas virtuais. De forma geral, as vendas on-line registraram alta de 40%, com 20,61 bilhões de acessos nos endereços eletrônicos desde o início da crise sanitária.
Isabela Fraquete, proprietária da Sorella Store, loja de roupas femininas que também atua com e-commerce, confirma que o interesse dos consumidores no mercado de roupas e acessórios vem em uma crescente desde o começo da pandemia de Covid-19.
“Para manter esta alta e crescer ainda mais, é importante acompanhar o mercado e todas as possíveis mudanças positivas para o seu negócio. O pior erro é acreditar que, porque está dando certo, será algo permanente e não é necessário se atualizar nem melhorar o seu formato”, afirma.
Lojas devem apostar em experiência híbrida
Na opinião da empresária, não há entraves significativos para que o mercado feminino de moda floresça, ainda mais, no futuro pós-pandemia. “Acreditamos que a experiência on-line e física são complementares, assim como há mulheres que não abrem mão de provar a roupa, temos consumidoras que buscam por facilidade, praticidade e precisam otimizar o tempo adquirindo suas compras através do digital – que deve oferecer uma experiência rápida e intuitiva”.
De fato, a facilidade de navegação em um site, permitindo a localização de produtos ou serviços de forma rápida, ocupa o terceiro lugar na lista de atributos essenciais para 38% dos consumidores virtuais (36% dos brasileiros), conforme dados da edição 2021 da pesquisa Global Consumer Insights Pulse Survey, da PWC.
Para Fraquete, a grande sacada para empresas do gênero é somar a experiência física e digital. “Além disso, é preciso trazer a facilidade do comércio eletrônico com experiências únicas, como apresentar diversos corpos, em diversos looks – como um provador virtual – para quem, além do e-commerce, consome os conteúdos por meio das mídias”.
Indo ao encontro desta informação, um estudo realizado pela All iN e Social Miner, em parceria com a Opinion Box no primeiro trimestre de 2021, indica que mais da metade (60%) dos consumidores brasileiros já adotaram a forma de consumo híbrido, processo de compras que integra as modalidades física e digital.
Neste ponto, a proprietária da Sorella Store observa que há diferenças nas peças com mais saída em lojas físicas. “Percebemos diferentes saídas entre as vendas no site e na loja. A cliente do e-commerce compra com mais facilidade peças com um ‘shape’ mais comercial e modelagem mais universal em relação à cliente que frequenta loja tradicional”.
Investimento em melhoria contínua é essencial para lojas digitais
Fraquete afirma que os investimentos no digital têm dado frutos, indicando que, após a mudança do layout, desenvolvido pela MT Soluções, empresa que atua com um hub de soluções digitais, foram percebidas mudanças positivas. “Além disso, tivemos um crescimento significativo porque, aliado a isso, usamos sentidos que estimulam o cliente a finalizar a sua compra e que trazem uma experiência melhor para cada consumidor”.
Ou seja, para aproveitar o cenário positivo e participar da retomada, prossegue ela, as empresas do setor de moda feminina não devem medir esforços. “É necessário apostar em melhoria contínua para acompanhar os consumidores e oferecer a melhor experiência de consumo possível, em todos os momentos e em todos os lugares, do on-line ao off-line”.
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