A telemedicina se popularizou bastante nos últimos meses e isso tem uma explicação bem simples: desde o início da pandemia do novo Coronavírus, o risco de ir até um hospital fez com que muita gente passasse a utilizar esse serviço de consulta à distância.
Outro fator fundamental é que a legislação brasileira mudou em relação a esse tipo de prática médica. Desde março de 2020, o Conselho Federal de Medicina liberou em caráter excepcional, e enquanto durarem os esforços de combate ao contágio de Covid-19, a prática da telemedicina no Brasil.
De acordo com pesquisa da Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde), mais de 2,5 milhões de teleconsultas foram realizadas entre os meses de abril de 2020 e março deste ano. Cerca de 90% delas resolveram o problema do paciente. A base considera operadoras de planos de saúde associadas que, juntas, atendem mais de 8,7 milhões de beneficiários em todo o território nacional.
No levantamento Global Top Health Industry Issues 2021, a consultoria PwC mostrou que, em nível global, o investimento das empresas em telemedicina atingiu a marca de 4.3 bilhões de dólares, um salto de 139% em comparação com 2019.
Segundo a pesquisa, pelo menos 51% dos entrevistados em todo o mundo fizeram uso de consultas virtuais (telemedicina ou ligações por voz) durante a pandemia. E entre eles, 91% afirmaram que voltarão a usá-la no futuro. A pesquisa aponta que os países com maior adesão às consultas não presenciais foram a China (87%), Índia (86%) e Estados Unidos (85%).
A telemedicina é o exercício da medicina por meio de metodologias de comunicação audiovisual e de dados como, por exemplo, videochamadas.
O serviço pode ser usado em alguns casos específicos: doenças de menor complexidade e gravidade como dores musculares, resfriados, alergia, conjuntivite, dor de garganta, enxaqueca. Há pesquisas que indicam que a grande maioria dos casos atendidos através da telemedicina de fato não precisariam passar pelo pronto-socorro.
Esse, aliás, é um ponto-chave na difusão da telemedicina. No Brasil, a população tem o hábito de ir a um pronto atendimento assim que surge algum sintoma de doença, quando, na verdade, o pronto-socorro deveria ser o local para atendimento dos casos realmente urgentes.
As unidades de atendimento do SUS enfrentam superlotação, dificuldades em gerenciar o agendamento de cirurgias e exames a curto prazo, além de déficit de profissionais em determinadas especialidades médicas. Isso se deve, em grande parte, à desigualdade na distribuição de médicos pelo país, que se concentram majoritariamente nas capitais e litoral, o que faz com que muitos municípios não contem com esses profissionais.
Por isso, a telemedicina representa ferramenta fundamental para o acesso da população a serviços médicos com agilidade e qualidade e tem grande impacto do ponto de vista de saúde pública. Com o serviço online, os pacientes não precisam se deslocar até os grandes centros para receber os resultados de exames de diagnóstico, além de agilizar a realização de exames de triagem para poder encaminhar um paciente com mais eficácia.
A telemedicina também se apresenta como uma ferramenta eficaz para pacientes idosos, que geralmente têm mais dificuldade de se locomover de forma independente. Com o atendimento remoto, podem lançar mão do atendimento via telefone ao sentirem alguma dor ou desconforto e terão de forma rápida e ágil uma resposta para suas dúvidas.
Outra contribuição importante da telemedicina diz respeito aos custos. Além dos planos de saúde, hoje em dia há empresas especializadas que comercializam assinaturas de telemedicina, como é o caso do Direto com o Doutor. Ela é uma empresa que oferece um canal de atendimento exclusivo com orientação médica 24h através do site ou do aplicativo. O paciente paga apenas uma mensalidade para usufruir das consultas à distância, que podem ser feitas por telefone, chat ou videochamada. Geralmente esses planos não incluem custeio de exames nem hospitais, o que os tornam mais acessíveis.
Esse tipo de assinatura é uma boa forma de democratizar o acesso às consultas médicas para quem não tem condições financeiras de arcar com um plano de saúde tradicional. E além de pessoas físicas, pequenas e médias empresas também podem se beneficiar com esse tipo plano.
Especialistas dizem que o próximo desafio da telemedicina é saber como crescer para além da crise pandêmica, ou seja, passar a atender as outras demandas da área. A editora Mary Ann Liebert Inc publicou recentemente um artigo constatando que o dilema atual que os sistemas de saúde em todo o mundo passam a enfrentar é como manter a capacidade de fornecer serviços para pacientes com traumas e aqueles que sofrem de outras doenças agudas e crônicas.
O Direto com o Doutor está disponível pelo site diretocomdoutor.com.br.
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