O princípio essencial da tecnologia é tornar a vida das pessoas mais fácil e prática, dando tempo para focar em tarefas que realmente são fundamentais. Pensando nos últimos vinte anos, inúmeras funções que antes precisavam de uma ou várias pessoas, hoje são feitas em minutos por uma máquina ou computador. O celular, hoje em dia, já substituiu e dispensa o uso de mais de 30 equipamentos, colocando todos eles em um pequeno retângulo de metal.
Com o advento da internet, a “Era da Informação” é um conceito atual, onde tudo está conectado, qualquer conteúdo pode ser encontrado em segundos. Nas indústrias, a digitalização dos processos tornou o trabalho mais eficiente, necessitando, muitas vezes, apenas de pessoas para configurar os equipamentos.
Vários setores foram impactados com a chegada dos “robôs”: a agricultura, que é um dos pilares da sobrevivência humana, por exemplo, também vem aderindo à inovação. Plantar, colher e adubar já são funções que podem ser desempenhadas por máquinas. Diante desse cenário, é fundamental compreender que, cada vez mais, a tecnologia se torna indispensável.
Mas diante dessas transformações todas, a reflexão é se realmente o departamento de vendas também se adaptou aos novos tempos. Será que a tecnologia está realmente gerando todas essas facilidades também para os profissionais da área comercial?
Algoritmos e os robôs “caçadores” de informação
Diante dessa transformação tão acelerada, há quem imagine que os processos de digitalização e automação serão algo distópico, como em diversos filmes do cinema onde a inteligência artificial se revolta e quer destruir a humanidade. Porém, é preciso ter calma. No mundo real, esses robôs já estão muito presentes no cotidiano – e, ao contrário de perigosos, são muito úteis.
Por exemplo, quando alguém começa a interagir muito com um perfil no Instagram e as publicações passam a aparecer com mais frequência. Ou quando uma pessoa quer trocar de celular, pesquisa uma vez e, depois disso, começam a aparecer centenas de propagandas, como se a internet adivinhasse o que o usuário quer comprar. É assim, por exemplo, que funcionam os algoritmos. E o nome desse processo é remarketing.
Todas as redes sociais e o ambiente digital de um modo geral se utilizam dos algoritmos. São softwares que identificam as informações desejadas, de acordo com sua configuração, para entregar ao usuário uma experiência mais personalizada e tornar a utilização de programas e aplicativos mais eficaz, seja para fins pessoais ou de trabalho.
Dentre os algoritmos, existem os crawlers, que na tradução literal significa “rastreador”. Eles são os responsáveis por identificar e processar dados e páginas da internet, a fim de criar uma base segura e atualizada de informações. Esse tipo de robô é muito utilizado pelos chamados “motores de busca”, ou os sites de pesquisa. Esse processo é feito para coletar informações e depois mapeá-las, tornando as pesquisas mais precisas e eficientes.
Em termos técnicos, os crawlers ou bots, fazem uma varredura em toda a internet, página por página, através de links, e promovem o processamento e indexação, de acordo com a função para a qual aquele sistema foi designado na sua criação. Também é possível desenvolver os próprios crawlers, programados com uma finalidade específica e que podem ser a base para estruturar uma ferramenta digital.
Foi o que fez a Speedio, plataforma de big data para geração de leads B2B, que provê dados para prospecção ativa de clientes (marketing outbound). Para entregar essa base de dados, são desenvolvidos diversos crawlers, com diferentes utilidades, pensando em entregar dados e informações que podem ser fundamentais para as empresas encontrarem potenciais clientes e seus respectivos contatos.
Robôs a serviço das empresas
Investigar a internet em busca de informações-chave para identificar o seu cliente ideal é um grande trunfo para encontrar oportunidades de negócios. Diogo Públio, cofundador da Speedio, explica como esses robôs agem. “Existem formas de descobrir informações riquíssimas sobre as empresas por meio de dados que elas voluntariamente colocam na internet, argumenta.
Cada uma dessas características entrega uma informação extremamente importante para quem está vendendo produtos ou serviços relacionados a esses pontos. Ou seja, ter acesso a essas informações pode fazer com que empresas saibam exatamente o que oferecer ao cliente. “Metaforicamente, é quando se oferece comida japonesa para quem está, naquele dia, desejando comer sushi.”, complementa Publio.
Colocando um exemplo prático fora do universo dos softwares: quando empresa de construção civil vence uma licitação para uma obra pública. a partir deste momento, a empresa precisará de insumos para aquele contrato. Para auxiliar produtores/revendedores de materiais de construção, crawlers podem identificar os empreendimentos que venceram a licitação, e por conseguinte facilitar a venda de insumos para esses negócios que certamente precisarão desses materiais.
O fundador da Speedio faz outra analogia do funcionamento dos crawlers com o de aplicativos de GPS. “Assim como o Waze busca, em tempo real, onde há congestionamento, acidentes e informações para entregar a melhor rota naquele momento específico, a Speedio, com os seus crawlers, dá o ‘atalho’ e mapeia segmento, tamanho, situação e diversos detalhes das empresas, possibilitando uma prospecção mais assertiva”, comenta.
O sistema é tão preciso que possibilita refinar informações como o nível de sustentabilidade das empresas, insumos utilizados no processo de produção, entre tantos outros. Diogo conta que, recentemente, a Speedio programou seus “robôs rastreadores” para mapearem todas as startups no Brasil e criou um banco de dados inédito sobre o setor.
Cada vez mais, os crawlers evoluem e servem de ferramenta para inúmeros objetivos e podem ajudar muitas pessoas em diversas tarefas do cotidiano on-line, e também das empresas, otimizando informações e agilizando processos que, há alguns anos, poderiam levar meses para serem concluídos.