A pandemia de COVID-19 afetou não somente a física, mas também a saúde mental de muitas pessoas. Recentemente, a National Sleep Foundation (NSF) publicou um artigo sobre o sono e o estresse em meio a esse cenário. Segundo a mesma, em uma pesquisa recente, quase um terço dos adultos disse que às vezes estão tão estressados com a pandemia que lutam para tomar simples decisões.
A National Sleep Foundation conversou com a Dra. Wendy Troxel, psicóloga clínica, pesquisadora do sono e autora de “Sharing the Covers: Every Couple’s Guide to Better Sleep”, sobre as consequências desse estresse para o sono e o que pode ser feito a respeito. Além disso, a Dra. Troxel também compartilhou técnicas com a NSF para ajudar a melhorar o sono. De acordo com o artigo, embora quantidades pequenas de estresse de curto prazo possam representar um risco relativamente baixo para a saúde, o estresse crônico pode ter um grande impacto no corpo e causar outros problemas de saúde, como a insônia.
A perda ou separação de entes queridos, a segurança financeira imprevisível e um ciclo de notícias 24 horas refletindo a instabilidade mundial, desencadearam estresses diariamente durante a pandemia, segundo o artigo. “Nossos cérebros precisam confiar de alguma forma que o mundo está seguro para poder cair nesse estado vulnerável de sono”, disse Troxel. O artigo ainda cita que, a pandemia continuou a nos incitar a ajustar nossas rotinas e, com isso, também interrompeu nosso sono.
Segundo a NSF, a incapacidade de dormir, apesar de ter oportunidade, juntamente com os prejuízos diurnos causados pela perda de sono, são duas características principais da insônia. A insônia relacionada à pandemia ganhou até mesmo o seu próprio nome: coronasomnia, disse o artigo. E já que não é possível controlar todo o mundo exterior, dormir melhor é uma maneira de lidar com o estresse. A NSF junto à Dra. Troxel sugeriu técnicas para melhorar o relacionamento com o sono.
Foi sugerido pela Dra. Troxel, a criação de um “poço de bem-estar”, que visa encorajar as pessoas a fazerem pequenos atos para si mesmas e para os outros que promovam a positividade e a paz. Enviar mensagem a um amigo ou ler um livro para os filhos, por exemplo, são gestos que podem preencher as fontes de bem-estar, diminuir o estresse e ajudar a regular o sono, disse o artigo.
Dra. Troxel também cita que sacrificar o sono, pode afetar o cérebro, o corpo e o comportamento e por isso, o sono sempre deve ser tratado como uma prioridade inegociável em família, assim como a importância dos jantares familiares ou exercícios. A sugestão é que os pais demonstrem o valor do sono, mantendo os aparelhos eletrônicos fora do quarto, horários de dormir consistentes, práticas de atenção plena como leitura ou meditação nas rotinas diurnas e horários saudáveis para início da escola. Além de auxiliar na melhora do sono, esses hábitos podem ajudar a lidar com o estresse e ter mais resistência a ele.
Outra sugestão é a de utilizar uma técnica chamada de “Alto, Baixo, Elogio”, a mesma consiste no compartilhamento entre duas pessoas da melhor parte do dia, o ponto baixo do dia e um elogio entre ambas. A técnica além de estimular a reflexão e a conexão, também pode ser útil para relaxar antes de dormir, disse a NSF.
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