Ao longo da última década, diferentes setores passaram por mudanças, principalmente no campo tecnológico, e isso não difere com a área de Recrutamento e Seleção. O estudo “AI in HR: How is it really used and what are the risks?”, publicado pela Hautes Études Commerciales de Paris (HEC Paris) em 2022, revela que a aposta da gestão de pessoas será cada vez maior em armazenamento de dados em nuvens.
Ainda de acordo com o estudo publicado pela Hautes Études Commerciales de Paris, 25% das empresas afirmaram que a utilização destas ferramentas está agregando mais valor ao setor. O levantamento ainda indicou que os resultados alcançados incluem o uso maior dos serviços de autoatendimento a gerentes e funcionários (57%), processos de gestão aprimorados, incluindo os fluxos de trabalho (53%) e acesso maior às informações gerenciais (53%).
Conforme as Estatísticas de RH de 2021, divulgadas pelo Zety, em média, cada oferta de emprego atrai 250 currículos. Desses candidatos, 4 a 6 serão convocados para uma entrevista e apenas um será admitido. Em média, durante a seleção de um novo talento, a empresa gasta um total de 52,5 horas e investe R $2.404,63.
Segundo um levantamento feito pela Manning Global, empresa especializada em serviços de gerenciamento de pessoal, cerca de 52% dos gestores de RH dizem que a parte mais difícil do recrutamento é selecionar candidatos de um grande número de currículos recebidos. Para Cláudio Júnior, CEO da Riverdata, startup de tecnologia e inteligência artificial, os recrutadores erram no momento da contratação e esse é um fator que gera impacto direto nos resultados e evolução do negócio.
Júnior ainda comenta que “desenvolver novas tecnologias que agilizem o dia a dia e tornem cada vez mais os negócios rentáveis é a premissa, mas deve caminhar de mãos dadas com a escolha do capital humano certo para ocupar cada cargo disponível, bem como a manutenção da sustentabilidade”.
EXPECTATIVA PARA O FUTURO
Pesquisas como ”How AI is primed to disrupt HR and Recruiting”, publicada pela Forbes em 2022, mostra que 11% das empresas já medem o engajamento de seus colaboradores com técnicas de analytics avançadas baseadas em IA, 45% dizem que a inteligência artificial será útil para detectar fraudes na folha de pagamento, relatório de despesas e timesheet, 48% afirmam que pretendem usar a IA para prever os níveis de retenção de talentos ou identificar os riscos de turnover.
Cláudio Júnior comenta que o objetivo daqui para frente é avaliar o candidato de maneira holística, considerando não só suas habilidades e competências, como também sua gerência emocional diante de desafios, situações conflituosas ou exigirem uma resposta rápida, por exemplo. “Somente após passar por este sistema, a pessoa deve ser integrada à empresa. Essa metodologia garante então que aqueles que farão parte das empresas sejam de fato o time de pessoas capazes de criar soluções e alternativas com competência suficiente para manter o mercado ativo e em constante expansão”, salienta o CEO da Riverdata.
Uma pesquisa realizada pela JobConvo, diz que 84% dos recrutadores estão bastante confiantes na sua capacidade de usar a Inteligência no seu fluxo de trabalho diário, e 55% acreditam que a IA estará em suas rotinas até 2025.
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