A pandemia da COVID-19 inseriu a sociedade em um ambiente totalmente desconhecido. Diminuiu drasticamente as relações humanas fora do meio online e forçou organizações de todos os portes a se reinventarem e pensarem em inovação com muito afinco para seguir mantendo a cadeia econômica em funcionamento.
Novas conexões foram criadas e as que já existiam foram fortalecidas e, neste contexto, as operações remotas se fizeram fundamentais para saúde organizacional. Essas estruturas, de fato, se instalaram para sempre e serão esperadas ainda com o fim da pandemia e em todas as indústrias.
No caso de bancos e serviços financeiros do Brasil, que já se destacavam pelo alto nível de inovação em relação a outros países do mundo, o modelo de agências físicas precisou ser completamente repensado e a multicanalidade (omnichannel) se fez praticamente obrigatório para a contenção da pandemia, segundo orientações de órgãos brasileiros reconhecidos que recomendaram abertamente o uso de plataformas digitais para transações financeiras.
Para construírem canais digitais mais resilientes, os bancos precisam pensar primeiro no “virtual” e repensar a tecnologia como uma plataforma onipresente, conectada a um sistema bancário nuclear capaz de interagir com vários agregadores de tecnologia.
Agora, quais as estratégias e adoções podem ajudar as empresas do segmento financeiro a se tornarem digitais, serem ágeis e entregar uma experiência completa para um novo comportamento dos seus clientes, durante e após a pandemia da COVID-19?
Tudo começa com uma necessidade. O primeiro passo é encontrar um parceiro que apoie nas estratégias digitais para oferecer valor aos clientes e então iniciar os processos de ideação com equipes multidisciplinares, agnósticas às tecnologias existentes e que estejam orientadas a melhorar a experiência do cliente.
A partir disso, com algumas análises e provas de tecnologias é possível encontrar a melhor arquitetura e relação custo-benefício, que atenda as expectativas das organizações em relação ao desafio encontrado. A seguir serão destacadas 4 adoções que podem acelerar o atingimento desses objetivos:
Investir em agile e DevOps
A agilidade cultural, dos negócios e operacional são novos mantras organizacionais e novos padrões passarão a ser muito valorizados como “ People First”, “Data Driven”, “Customer Centric”, “Cross-Functional Teams”, “Reduced Hierarchy”, Continuous Learning, Collaboration, e DevOps (automação e monitoramento de todos estágios de desenvolvimento de software).
Uma estratégia de API
O desenvolvimento de APIs permite a integração de dados e serviços de maneira ágil, segura e escalável, permitindo que as organizações financeiras tradicionais compitam em um ambiente 100% digital. Além disso, também habilita a rastreabilidade e segurança em todas as operações financeiras, além do provimento de dados para geração de melhores insights de negócios. Aqui cabe o comentário sobre o conceito do open banking no brasil, regulamentada pelo banco central, que são APIs que permitirão o compartilhamento de dados entre instituições financeiras.
Transformar os sistemas legados e migrá-los para um modelo operacional Cloud-Based
Livrar-se completamente das plataformas antigas é praticamente impossível. Tradicionalmente arquiteturas de software clássico ou legado foram baseados em sistema monolítico ou parcialmente distribuído. Essas arquiteturas apresentam geralmente um alto custo de manutenção e evolução, unindo a isso problemas recorrentes de desempenho, disponibilidade e escalação.
Atualmente o a maioria das soluções de software requerem o uso de arquiteturas avançadas, que são leves e distribuídos de tal maneira que permitem facilmente escala horizontal e integração com outros sistemas de software. Além disso, com uma infraestrutura orientada para a integração (conivência com legado) será possível promover lançamentos de serviços e produtos com esforço mínimo, aumentando o valor aos negócios em ciclos menores de desenvolvimentos.
Apostar em Robotic Process Automation (RPA) Cognitivo
Atividades repetitivas de alto volume têm representado um alto custo para as organizações tanto em valores como no seu tempo de execução. Muitas vezes fica-se reféns das atividades meios e desvia-se o foco para concentrar nas principais atividades de negócios. Em um momento onde é preciso agilidade e reinvenção para esse novo momento, automatizar essas atividades tem sido uma boa estratégia.
Com a mentalidade “Automation First” é possível redefinir processos e otimizar os benefícios de ferramentas inteligentes, melhorar processos genéricos de back office impactando diretamente na eficiência operacional e também na satisfação do cliente.
Marcos Brum é Diretor de Negócios da Softtek Brasil e ajuda Bancos e organizações de Serviços Financeiros a se reinventarem na Era Digital.
Website: https://www.softtek.com/pt/industria/financeiro