Home Noticias 9 mudanças que o PIX traz para a rotina bancária dos brasileiros

9 mudanças que o PIX traz para a rotina bancária dos brasileiros

por admin

Um novo sistema de pagamentos desenvolvido pelo Banco Central, o PIX, promete revolucionar a forma como as pessoas lidam com as transações bancárias. Com a adoção do PIX é cogitado até mesmo o fim do dinheiro físico. Mas para entender melhor a dimensão dessa mudança é preciso voltar na história monetária mundial.

O início da representação monetária surgiu no século VII a.C, na atual Turquia com as primeiras moedas feitas de metais como ouro e prata, que evoluíram para o papel-moeda nos primeiros séculos d.C.

No meio de várias revoluções de meios de pagamento que não utilizam dinheiro, nos últimos anos uma outra inovação acabou surgindo: o pagamento digital. O sistema, que possui carteiras digitais, QR Code, NFC, permite transações a partir de aparelhos celulares e até mesmo dispositivos como relógios inteligentes.

No que parece um movimento contínuo em direção à extinção do dinheiro físico, o Brasil está vendo o surgimento do PIX. Criado pelo Banco Central (BC), o novo método de pagamentos eletrônicos do Brasil começará a funcionar em novembro de 2020.

Márcio Barnabé, Chief Marketing Officer da UzziPay, fintech ecológica que está cadastrada no PIX, afirma que o sistema será uma revolução no mercado. “Essa inovação surge para deixar todo o sistema financeiro mais ágil, seguro e descomplicado. Esse é um importante movimento que o Brasil está tomando”, defende.

Márcio elenca nove aspectos que o PIX mudará na vida bancária dos brasileiros:

1 – Transações 24 horas por dia
Atualmente há limite de horário e dia da semana para realizar transações financeiras, tanto no caso do TED quanto do DOC, transações mais comuns do sistema financeiro brasileiro.
Quando o PIX estiver estabelecido, qualquer pessoa poderá transferir para um PJ ou PF em qualquer horário do dia. Além disso, a transação será completada em segundos.

2 – Cadastramento
No modelo atual de transferência bancária é preciso saber pelo menos quatro informações da pessoa ou empresa que receberá o dinheiro: CPF ou CNPJ; número da conta; número da agência e instituição financeira. Apenas um desses três dados será exigido para que a movimentação financeira seja realizada.

3 – Saque descentralizado
O presidente do BC, Roberto Campos Neto, anunciou que entre as possibilidades do PIX estará o saque em redes varejistas. Ou seja, as pessoas físicas poderão sacar dinheiro na padaria, farmácia, lojas e mais. O saque deixará de ser um serviço exclusivo de agências bancárias ou caixas eletrônicos.

4 – Taxas mais baratas
O Banco Central definiu que será cobrado das instituições financeiras que utilizarem o PIX apenas R$ 0,01 a cada 10 transações. Apesar desse valor bem baixo, ele não significará necessariamente que o cliente pagará a mesma quantia. Todos os agentes que oferecerão o PIX poderão instituir um valor para cada transação do cliente.

Contudo, a tendência é que a operação fique realmente muito mais barata para o consumidor do que atualmente. Os TEDs e DOCs, operações mais comuns de transferência bancária, custam entre R$ 9 e R$ 20 nos principais bancos do país.

5 – Transações com vários agentes e até mesmo com o Governo
Além de uma opção para pagamento tradicional de contas, o PIX servirá para transferências de valores entre conhecidos, de empresas para empresas e até mesmo para transações com o Governo. O PIX poderá ser utilizado, entre outros:

– De pessoas físicas para pessoas físicas (chamadas de transações P2P, person to person);

– De pessoas físicas para empresas, sejam locais físicos ou digitais (chamadas de transações P2B, person to business);

– De empresas para outras empresas, para pagamento de fornecedores, por exemplo (chamadas de transações B2B, business to business);

– De pessoas físicas e empresas para entes governamentais, para pagamentos de taxas e impostos, por exemplo (chamadas de transações P2G, person to government, e B2G, business to government);

6 – Centenas de opções de instituições
Uma das etapas do PIX foi o processo de adesão para participação do sistema. Iniciado em junho de 2020, no início do mês de agosto o BC já contabilizava mais de 900 instituições cadastradas. Entre essas instituições estão bancos, fintechs, empresas de carteira digital, corretoras de câmbio, sociedades de crédito, bancos de desenvolvimento e cooperativas.

7 – Possível fim do cartão de crédito e boleto bancário
Os pagamentos realizados pelo PIX poderão ser agendados para uma data futura. O banco ou instituição que ofereça o PIX precisará, porém, desenvolver soluções de agendamento, o que possibilitará a transação.

Por causa dessa opção de pagamento futuro, existe a possiblidade de que o PIX concorra com cartões de crédito. A empresa responsável pelo fornecimento de segurança para o sistema do PIX já pontuou que a solução poderá até mesmo substituir o cartão a médio e longo prazo. Outra opção de pagamento atual que correrá risco é o boleto bancário, já que eles possuem compensações que demoram até dois dias.

8 – Segurança
Além da facilidade de uso, o PIX será completamente seguro. O sistema utilizará a chamada criptografia para proteger os dados dos usuários. Além da criptografia, as informações pessoais que circularão no PIX estarão protegidas pelo sigilo bancário e pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Essas medidas de segurança, junto com formas de autenticação, já são adotadas nos TEDs e DOCs e serão utilizadas pelas instituições financeiras também no PIX.

9 – Possível fim do papel moeda
Outra possibilidade levantada pelos agentes do setor financeiro é a diminuição da circulação e uso do dinheiro físico. Esse é um movimento internacional e em países como Coreia do Sul, Reino Unido, Índia, China e Holanda os pagamentos por meios digitais ou cartões de crédito/débito já ultrapassaram o uso de cédulas.

Na Suécia, outro país que tem visto esse movimento, grande parte das agências bancárias não aceitem há algum tempo depósitos e nem permitem saques.

“Ainda existem várias inovações que o PIX trará e que ainda não sabemos. Além do fato de que o sistema terá um desenvolvimento contínuo, as instituições financeiras também poderão pensar em novas soluções para os clientes, fazendo com que todo o sistema financeiro passe por uma revolução”, finaliza Márcio Barnabé.

Você também pode gostar

Deixe um Comentário

Ao navegar neste site, você aceita os cookies que usamos para melhorar sua experiência. Aceito Mais informações