Nas últimas semanas, o Rio Grande do Sul, um dos estados mais impactados pela falta de chuvas, conseguiu começar a semeadura da soja, contribuindo para a estimativa recorde de produção da oleaginosa no Brasil, prevista para 140,7 milhões de toneladas do grão, segundo a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Porém, alguns fatores invisíveis, escondidos até mesmo na palhada, podem trazer desafios aos produtores, principalmente quanto ao aumento do risco de doenças fúngicas, como o mofo-branco (Sclerotinia sclerotiorum), que pode gerar perdas de até 70% na produtividade de uma lavoura, segundo dados da Embrapa.
O gerente de Lançamentos para Proteção de Cultivos da Bayer, Erick Cancian, destaca que o mofo-branco tem ganhado relevância nas produções gaúchas de maior altitude, sobretudo após os primeiros 45 dias da emergência da maioria dos cultivares de soja. “A evolução da doença é paralisada em ambiente e seco, mas, quando as condições de umidade retornam, a incidência do fungo pode aumentar”, reforça.
Apesar de mais difícil, a transmissão da doença pode acontecer através da infecção de sementes por meio do micélio dormente ou por escleródios (estruturas de resistência do patógeno) misturados ao insumo. Porém, os maiores danos ocorrem nos estágios reprodutivos (floração e formação de vagens).
“A doença sobrevive no solo por várias safras na forma de escleródios, que germinam e desenvolvem apotécios na superfície do solo. Por sua vez, estes produzem ascósporos (esporos) que são liberados ao ar e são responsáveis pela infecção das plantas. Ela ataca principalmente o terço inferior das plantas, no baixeiro, exigindo um monitoramento criterioso logo nos primeiros estágios de estabelecimento da cultura. A fase mais vulnerável da planta vai da floração plena até o início da formação das vagens”, completa Cancian.
Os sintomas podem ser percebidos em manchas aquosas nas partes aéreas das plantas, e logo desenvolvem micélio branco, com aspecto cotonoso. Com o passar do tempo, é possível observar o apodrecimento das ramificações, das folhas, das vagens e da haste, podendo causar a morte da planta. “Uma vez que a planta é infectada pelo fungo, o controle curativo e medidas isoladas não são eficientes, por isso a importância do Manejo Integrado de Doenças, visando reduzir os impactos na rentabilidade do sojicultor. Neste caso, o uso combinado de químicos e biológicos, por exemplo, tem se mostrado uma excelente opção”, diz o profissional.
Manejo integrado
Para combater o mofo-branco na lavoura, é preciso aplicar medidas preventivas e planejadas. Tecnologias desenvolvidas pela Bayer apresentam funções que permitem a melhor gestão de fungicidas químicos aliados aos biológicos.
A solução biológica possui múltiplos modos de ação. De maneira que, com na aplicação, os lipopeptídeos produzidos pelo Bacillus subtilis QST713 passam a atuar na membrana celular das estruturas reprodutivas do fungo, provocando sua deformação e produzindo rupturas. O Bacillus subtilis também age por competição de espaço e nutrientes na superfície vegetal da planta e no solo junto ao sistema radicular.
“A recomendação da Bayer é a de que os produtores façam uso do manejo integrado, que une o controle biológico e o químico. Assim, o sojicultor pode fazer uso do Serenadeo mais cedo possível, para atingir caule e solo, próximo a primeira aplicação de Fox Xpro, visando o controle preventivo de doenças. As soluções devem ser prescritas e aplicadas conforme orientação de um agrônomo habilitado”, esclarece Cancian.
O fungicida Fox Xpro, por exemplo, contém três princípios ativos de modo de ação diferentes e complementares, incluindo o ingrediente ativo Bixafem, uma nova carboxamida. A fórmula atua em diferentes fases do ciclo de vida dos fungos, proporcionando sanidade às plantas, o que pode se transformar em melhores resultados ao final da safra.
Segundo Érick, “um dos diferenciais desse fungicida é a formulação com a tecnologia Leafshield, que distribui o produto de forma mais rápida nas folhas, oferecendo mais eficiência na pulverização. Nas 4.500 áreas com venda assistida na safra 20/21, o resultado foi de 89% de vitórias, com uma média de 3 sacas a mais por hectare, no comparativo com o tratamento de produtos concorrentes”, finaliza.
Website: http://www.agro.bayer.com.br