O mercado de embarcações de apoio offshore (marítimo) cria um impacto positivo para a economia em escala global, por aumentar o volume de negócios realizados em função das atividades portuárias em alto-mar, segundo estatísticas divulgadas no Portal a Markets and Markets. Os dados apontam que, entre 2018 e 2023, o Offshore Support Vessel Market mundial deverá crescer em cerca de 5%.
As embarcações para serviços de apoio offshore ganham destaque no setor de transporte marítimo como suporte de plataformas petrolíferas, com objetivo principal de extrair petróleo para comercializar, afirma Flávio Santos Neves Ferreira, tecnólogo em Comércio Exterior, com MBA em Gestão Portuária e Logística.
“Nessa área existem plataformas com propulsão, as que conseguem navegar de forma autônoma, e as plataformas sem propulsão, que precisam ser rebocadas. E é nesse momento que começamos a enxergar a importância de um apoio para sua movimentação e navegação”, esclarece Flávio.
Os rebocadores têm como principais funções o deslocamento das plataformas, diz o gestor portuário, que servem de apoio para as operações como, por exemplo, de transporte de peças, equipamentos, material, alimentos, entre outros.
O mercado de embarcações de apoio marítimo no Brasil é bastante dinâmico, o país estar entre os dez maiores produtores mundiais de petróleo e gás natural (P&G), podendo chegar à quinta posição, no médio prazo, de acordo com as estimativas do Plano Decenal de Expansão de Energia 2029, a produção se dá, predominantemente, em águas profundas.
Conforme o especialista, que tem atuação na Marinha Mercante Brasileira com curso de Formação de Aquaviário, esses tipos de embarcações também são utilizadas para conter eventuais vazamentos de óleo, para um deslocamento rápido de embarcações menores para outras maiores, para atendimento médico a um ferido ou uma eventual consulta médica (de possível tratamento).
Segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, a projeção de navios de apoio que atenda às expectativas da demanda entre 2020 e 2023, no Brasil, deverá chegar a boas posições no ranking dos produtores de P&G, consolidando-se como um dos maiores produtores offshore no mundo. O setor continuará sendo responsável por parcela significativa (mais de 10%) da formação bruta de capital fixo (FCBF) do país, gerando riqueza e empregos para a economia brasileira.
“Então comparando com uma empresa em terra (continente) as embarcações de apoio offshore se assemelham aos carros, caminhões e empresas de transportes, sempre à disposição para agir assim que for acionada”, conclui Flávio Santos Neves Ferreira, com experiência desenvolvida nas áreas de operações navais, operações portuárias e controle de qualidade.