Em 2020, o consumo brasileiro de compósitos – um tipo de plástico de engenharia – recuou 4,6%, totalizando 208 mil toneladas. Apesar da queda, o faturamento do setor subiu 3,9%, chegando R$ 2,801 bilhões, fruto dos sucessivos aumentos nos preços das matérias-primas, principalmente resina e fibra de vidro. Os dados fazem parte de uma pesquisa feita pela Associação Latino-Americana de Materiais Compósitos (ALMACO).
“Por mais que tenha havido uma forte recuperação no segundo semestre, os efeitos da pandemia no começo do ano foram muito intensos e, em alguns casos, como no segmento de ônibus, perduram até agora”, comenta Erika Bernardino Aprá, presidente da ALMACO.
De acordo com o levantamento da ALMACO, a construção civil respondeu por 35% do consumo brasileiro de compósitos de poliéster em 2020, à frente de transportes (20%), corrosão/saneamento (17%), lazer/piscinas (12%), energia eólica (6%), energia elétrica (4%), náutico (2%) e vestuário (1%), entre outros. Quando separada apenas a demanda de compósitos à base de resina epóxi, a geração de energia eólica liderou com 91%, à frente de óleo e gás (4%) e eletroeletrônicos (3%).
Para 2021, a expectativa da ALMACO é de crescimento de 11% no consumo, totalizando 230 mil toneladas de compósitos – em valor, R$ 3,377 bilhões (+16%). “A construção civil permanece aquecida, assim como a demanda de indústrias que lidam com processos altamente corrosivos, ambientes nos quais os compósitos se destacam por conta da elevada resistência química”.
Resultantes da combinação entre polímeros e reforços – por exemplo, fibras de vidro -, os compósitos são conhecidos pelos elevados índices de resistência mecânica e química, associados à liberdade de design. Há mais de 70 mil aplicações catalogadas em todo o mundo, de caixas d’água, tubos e pás eólicas a peças de barcos, ônibus, trens e aviões.
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