O sistema de consórcios voltou a bater recorde de participantes ativos em abril ao alcançar 8,55 milhões e ultrapassar a marca de março que era de 8,54 milhões. Aquele total registrou aumento de 7,5% sobre 7,95 milhões obtidos no mesmo mês de 2021, segundo levantamento feito pela ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios.
Na mais nova marca alcançada em consorciados ativos, o consórcio registrou alta de 64,9% nos eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; 30,9% nos veículos pesados; 15,3% nos imóveis; 8,4% nos serviços; 5,0% nas motocicletas; e 2,6% nos veículos leves.
Ao atingir 8,55 milhões de consorciados ativos, o sistema de consórcios apresentou 80,7% para o setor de veículos automotores, 14,5% para os de imóveis, 2,5% nos de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis e 2,3% nos de serviços.
A modalidade, que este ano está completando 60 anos, encerrou o primeiro quadrimestre anotando alta de 12,4% no volume de vendas de novas cotas, que alcançou 1,18 milhão versus 1,05 milhão no acumulado de janeiro a abril do ano passado.
Os negócios correspondentes superaram R$ 74,53 bilhões naqueles quatro meses, 15,6% maior que o atingido no mesmo período de 2021, quando chegou a R$ 64,46 bilhões.
O tíquete médio de abril, seguiu as altas verificadas nos demais indicadores, subindo 2,5%, ao saltar de R$ 64,41 mil, daquele mês no ano passado, para os presentes R$ 66,01 mil.
No acumulado de consorciados contemplados no quadrimestre, houve alta de 16,1%, ao evoluir de 421,79 mil, do ano passado, para 489,77 mil, neste ano. Os créditos disponibilizados correspondentes às contemplações, também relativos aos quatro meses, mostraram avanço ao realizarem R$ 22,20 bilhões, 13,6% acima dos R$ 19,55 bilhões anteriores.
“Nos quatro meses iniciais deste ano, observamos continuidade do gradativo crescimento estimado, de forma conservadora para o sistema de consórcios. Os resultados vêm ratificando as perspectivas projetadas no início deste ano”, explica Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios. “Ao atingir 8,55 milhões de participantes ativos e 1,18 milhão de novas cotas vendidas, confirma-se o comportamento financeiro do consumidor ao planejar suas finanças pessoais, a partir da essência da educação financeira”, complementa.
Há seis décadas, quando o sistema de consórcios foi criado, a partir da inexistência de linhas de crédito para aquisição de veículos produzidos pela recém-instalada indústria automobilística, tem ocorrido crescente consolidação de sua participação no desenvolvimento das diversas atividades econômicas brasileiras, diretas e indiretas, especialmente nos elos da cadeia produtiva nos segmentos industrial, comercial e de prestação de serviços.
Ao comparar as potenciais participações dos acumulados quadrimestrais de contemplações com as vendas realizadas nos mercados internos, observou-se que, no mercado automotivo, houve comercialização de um a cada dois automóveis via consórcio. Também em ascensão, verificou-se que as vendas, no setor das duas rodas, obtiveram potencial influência com mais de uma a cada duas motos originadas por créditos concedidos a consorciados contemplados.
No segmento de veículos pesados, o consórcio registrou sua importância ao proporcionar, de forma econômica e planejada, a renovação ou ampliação de frotas de caminhões, máquinas agrícolas e implementos rodoviários e agrícolas. Potencialmente, um a cada três caminhões negociados no mercado interno foram adquiridos pela modalidade. O agronegócio, fundamental para a economia, também pôde usufruir das vantagens do sistema para a aquisição de máquinas e equipamentos.
“Ao examinar os resultados anotados de janeiro a abril deste ano, a exemplo do que já ocorria no anterior, observa-se um consumidor mais atento, avaliando suas finanças com critérios pessoais mais exigentes, optando pelos consórcios em muitas oportunidades”, diz Rossi. “Independentemente da finalidade, seja pessoal, profissional, familiar ou até mesmo empresarial, cada decisão financeira, para compra de bens ou contratação de serviços, tem sido analisada e planejada. A escolha do consórcio como meio de aquisição reflete a consciência do consumidor pela simplicidade e economia proporcionadas pela modalidade”, complementou.
Os bons resultados dos consórcios demonstraram que, apesar da economia vivenciar oscilações da inflação mensal, aumentos constantes em vários segmentos como combustíveis e alimentos, bem como a influência de um ano eleitoral e dificuldades globalizadas causadas pela guerra no leste europeu, fatos que já prejudicaram o crescimento de vários segmentos, inclusive o dos consórcios, no primeiro semestre de 2019 , “tem apontado um consumidor mais responsável ao adquirir bens ou contratar serviços, ponderando e planejando o futuro, por meio do consórcio”, acrescenta o presidente executivo da ABAC.
Os indicadores quadrimestrais validam a importância da modalidade na economia brasileira. Na estimativa dos créditos concedidos e potencialmente injetados nos mercados automotivo e imobiliário, constatou-se que o segmento marcou 42,4% de potencial presença no setor de automóveis, utilitários e camionetas. No setor de motocicletas, houve 57,9% de possível participação, enquanto no de veículos pesados, a relação para os caminhões foi de 37,0%.
No acumulado do primeiro trimestre do segmento imobiliário, as contemplações representaram potenciais 11,0% de participação no total de imóveis financiados, incluindo os consórcios.
Nas vendas de novas cotas no quadrimestre, 1,18 milhão de adesões, a distribuição setorial ficou assim: 461,09 mil de veículos leves; 381,39 mil de motocicletas; 181,33 mil de imóveis; 77,20 mil de veículos pesados, 57,91 mil de eletroeletrônicos; e 19,62 mil de serviços.
No total acumulado de consorciados contemplados no primeiro quadrimestre – 489,77 mil -, estão inclusas 219,13 mil cotas de motocicletas; 188,07 mil de veículos leves; 31,12 mil de imóveis; 19,97 mil de veículos pesados; 16,24 mil de eletroeletrônicos e 15,24 mil de serviços.
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