Capim-braquiária, capim-colonião, capim colchão e diferentes espécies de Ipomeas são alguns exemplos de plantas daninhas de folhas estreitas e largas que se proliferam nos canaviais brasileiros. Com a safra ainda em fase inicial, a matocompetição pode acarretar perdas de até 80% da rentabilidade do cultivo, dependendo do nível de infestação, segundo dados da Embrapa. Para impedir a propagação dessas invasoras e evitar danos econômicos, o produtor não pode descuidar do planejamento e gestão dos tratos culturais herbicidas da cana.
Este controle das invasoras é ainda mais importante em um cenário em que, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com possíveis perdas em relação às oscilações climáticas, a estimativa é de uma produção 4% inferior ao resultado obtido em 20/21, com 628 milhões de toneladas. “Entre maio e setembro, temos um longo período de estiagem no centro-sul canavieiro. Mesmo nesta época, ou seja, no período que é mais conhecido como soca seca, é importante fazer o controle de plantas daninhas nos canaviais para ter uma melhor gestão dos tratos culturais herbicidas ao longo de toda a safra e garantir proteção frente a matocompetição”, explica Paulo Donadoni, líder de desenvolvimento de mercado para cana-de-açúcar no Brasil e América Latina.
A recomendação do especialista é o escalonamento da utilização de herbicidas ao longo da safra. Durante o inverno, o ideal é aplicação de defensivos agrícolas pré-emergentes com controle prolongado. “Isso significa que o produto pode permanecer no solo, em média, de 120 a 180 dias, o que é essencial para o controle da matocompetição”, explica Donadoni.
Além de ajudar no planejamento de safra, o uso de ativos herbicidas com controle prolongado, na estação seca, apresenta uma série de vantagens: a não acumulação de áreas para a aplicação no período chuvoso, a redução da necessidade de reaplicações (repasses) e a otimização de pessoal e de maquinários. No entanto, o produtor precisa conhecer a incidência e os tipos de plantas invasoras na área antes de utilizar qualquer defensivo agrícola.
“Conhecer o histórico de ocorrência de plantas daninhas é a premissa básica antes de aplicar qualquer herbicida na cana-de-açúcar. É necessário identificar quais espécies estão presentes, o tipo de solo e a época de aplicação do herbicida, bem como a tecnologia de aplicação para que o controle seja eficaz”, completa o gerente.
Ampliando a proteção dos canaviais
Desde 2019, a Bayer tem no seu portfólio o Provence Total®, um herbicida com diferentes mecanismos de ação, o que permite o controle tanto de plantas daninhas de folhas largas, quanto de folhas estreitas e pode ser aplicado tanto em cana soca seca, semisseca e semi-úmida. Isso é possível por causa da presença de dois princípios ativos – Alion® (Indaziflam) e Provence® (Isoxaflutole) – que dão versatilidade ao defensivo agrícola.
“Quanto maior o tempo de convivência das invasoras com a cana-de-açúcar, maior será o prejuízo causado. O impacto varia dependendo da época do ciclo da cultura, mas é devastador para a rentabilidade do produtor, pois onde tem mato não tem cana”, diz Donadoni, que defende a utilização do Provence Total®, aliada ao manejo correto e às boas práticas agrícolas para o produtor produzir mais e melhor.
Redução da emissão de CO2
As tecnologias da Bayer de proteção de cultivos para cana também contribuem com o Renovabio, política nacional de biocombustíveis que promove ganhos de eficiência energética e incentiva a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa (CO2) – aumentando a nota de eficiência do produtor rural. O Provence Total®, por exemplo, é um herbicida que permite reduzir o número de entradas na lavoura pelo seu longo período de controle de plantas infestantes. Estas reentradas, chamadas de repasse, são praticamente eliminadas com a adoção do produto, diminuindo o consumo de diesel e a emissão de CO2 na atmosfera.
“Desta forma, temos a emissão de poluentes e volume de diesel menores, em quantidade, para produzir a mesma tonelada de cana no campo. Estes dados são demonstrados pela Calculadora de Repasse, instrumento no qual desenvolvemos em parceria com o time do PECEGE e que permite ao produtor visualizar a redução proporcionada pelo Provence Total, oferecendo comparações quanto ao consumo de diesel por tonelada de cana produzida com a ausência destes repasses e o impacto na emissão de CO2”, finaliza o especialista.